Presidente do BC do Japão promete estímulo prolongado
O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, destacou a resolução de manter o forte estímulo à economia por um período prolongado, mas descartou a necessidade de ampliá-lo em breve. Kuroda manteve-se otimista sobre o cenário, apesar de sinais indicarem uma leve recessão no país.
O presidente do BC também manteve sua avaliação de que o iene fraco é positivo para a economia do Japão. Mas mudou ligeiramente seu tom ao aceitar as preocupações da comunidade empresarial de que mais desvalorizações da moeda vão afetar as pequenas empresas e famílias ao elevarem os custos de importação.
Yuya Shino/Reuters | ||
Presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, na sede da instituição em Tóquio |
"Se as movimentações cambiais refletirem fundamentos econômicos e financeiros, elas devem ser positivas, não negativas, para a economia, Mas os próprios fundamentos flutuam, então é importante levar isso em consideração", disse ele nesta terça-feira (7).
Como previsto, o BC japonês decidiu por unanimidade manter sua promessa de elevar a base monetária, ou dinheiro e depósitos na autoridade monetária, ao ritmo anual de 60 a 70 trilhões de ienes (US$ 547 bilhões a US$ 638 bilhões) através de compras de títulos do governo e a ativos de risco.
IMPOSTO
O BC manteve sua avaliação de que a terceira maior economia do mundo continua se recuperando moderadamente como tendência. Mas ofereceu uma visão mais negativa sobre a produção industrial, dizendo que ela estava "enfraquecendo".
A queda na demanda após o aumento do imposto sobre vendas em abril deixou os produtos de automóveis e eletrônico com excesso de estoques.
Kuroda admitiu que o aumento do imposto e o clima desfavorável no verão pesou sobre o consumo por mais tempo que o esperado. No entanto, destacou que após um período de fraqueza, o crescimento vai acelerar o suficiente para elevar a inflação na direção da meta do BC.
O BC tem mantido a política monetária desde que lançou o forte estímulo em abril do ano passado, quando prometeu dobrar a base monetária através de agressivas compras de ativos para alcançar sua meta de inflação de 2 por cento em cerca de dois anos.
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