Telefônica vai protocolar compra da GVT na Anatel até esta quarta
O presidente da Telefônica Brasil, Antônio Carlos Valente, disse nesta terça-feira (7) que a operação de compra da GVT pelo grupo espanhol deve ser protocolada na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) até quarta-feira (8).
O executivo destacou ainda que acredita que a operação será protocolada para avaliação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) até o fim deste mês.
Editoria de Arte/Folhapress |
Valente afirmou que o ideal para a empresa é que a operação seja avaliada pela Anatel e pelo Cade até o final do primeiro semestre de 2015.
O executivo falou a jornalistas após reunião com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que teve como principal objetivo detalhar a operação. Valente estava acompanhado do presidente da GVT, Amos Genish.
Questionado se haveria mudanças na liderança da GVT, Valente declarou que "da nossa parte, o interesse é que o Amos continue conosco. Mas não me sinto capaz de responder por ele em relação ao futuro".
O grupo francês de mídia Vivendi concluiu em setembro a venda da GVT para a Telefónica, em uma operação em dinheiro e ações avaliada em cerca de € 7,2 bilhões (US$ 9,29 bilhões).
REGULADORES
A operação em duas etapas deixará no final a Vivendi com uma participação de 7,4% na Telefônica Brasil, que atua no país sob a marca Vivo, e com fatia de 8,3% no capital votante da Telecom Italia, controladora da TIM.
Esse ponto é visto com certa preocupação por reguladores brasileiros, ainda que o grupo francês fique com uma fatia minoritária na Vivo, destacou uma fonte do governo federal que acompanha o caso.
Se por um lado a operação pode significar o atendimento de determinação feita ano passado pelo Cade, que mandou a Telefónica deixar a participação na Telecom Italia ou encontrar um sócio para a Vivo, por outro coloca a Vivendi na situação de ser sócia de duas operadoras que concorrem no mercado brasileiro.
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Telefônica Brasil - 2º tri/2014
Faturamento R$ 8,6 bilhões
Lucro líquido R$ 1,99 bilhão
Número de funcionários 20 mil
Dívida de longo prazo R$ 6,2 bilhões
Principais concorrentes Tim (Telecom Italia Mobile), Oi (em fusão com a Portugal Telecom), Claro (América Móvil)
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