Banco Mundial corta bônus de diretor, após ameaça de greve
Um protesto de funcionários do Banco Mundial levou o presidente do organismo multilateral, Jim Yong Kim, a anunciar o fim do bônus anual de US$ 95 mil para seu diretor financeiro.
Às vésperas do encontro anual do Banco Mundial e do FMI em Washington, que atrai ministros da Fazenda e presidentes dos BCs de quase 200 países, os funcionários fizeram duas paralisações e ameaçaram entrar em greve durante o evento se não fossem ouvidos pelo presidente.
Há quase dois anos e meio no cargo, o coreano-americano Kim prometeu fazer cortes de US$ 400 milhões, 8% do orçamento da instituição, até 2017. Demissões, redução de viagens e até o aumento do valor do estacionamento do banco foram anunciados.
Mas a austeridade não se aplicou aos novos diretores do banco trazidos por Kim. Além dos bônus criados pela nova gestão, pacotes com pagamento de educação integral para os filhos e viagens.
Nicholas Kamm/AFP | ||
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em evento ontem em Washington (EUA) |
"Sentimos que os cortes eram para a base do banco, enquanto a nova diretoria gosta de privilégios", disse um dos funcionários à Folha pedindo anonimato.
Kim falou para quase mil funcionários no fim da tarde de terça (7) no auditório, enquanto centenas de pessoas (inclusive delegações estrangeiras que já chegaram ao evento) viam o presidente sendo duramente questionado em telões.
O francês Bertrand Badre, ex-assessor do presidente francês Jacques Chirac e que trabalhava antes no banco Societé Generale, virou alvo favorito das reclamações dos funcionários.
Com salário anual de US$ 379 mil (equivalente a R$ 75 mil mensais), ele é um dos quatro executivos que foram contratados por Kim recebendo, além do salário, o tal bônus da discórdia.
Ele foi nomeado em dezembro de 2012 com a missão de liderar o corte de gastos na instituição. O Banco Mundial foi fundado em 1944 com o objetivo de acabar com a pobreza.
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