Alemanha reduz projeção de crescimento de 1,8% para 1,2% neste ano
O Ministério da Economia da Alemanha reduziu nesta terça-feira (14) suas projeções para o crescimento econômico do país neste ano a 1,2% e a 1,3% em 2015, citando as crises no exterior e o crescimento global moderado.
Em abril, o ministério havia projetado respectivamente expansão de 1,8% e 2,0% para a maior economia da Europa.
O ministério estimou ainda que as exportações vão crescer 3,4% neste ano e 4,1% no próximo, enquanto as importações devem aumentar 4% e 5,5%, respectivamente.
Isso significa que o comércio exterior irá subtrair 0,1 ponto percentual do crescimento neste ano e 0,3 ponto em 2015.
'ÁGUAS AGITADAS'
"A economia alemã está nadando em águas internacionais agitadas. Crises geopolíticas também elevaram a incerteza na Alemanha e o crescimento moderado está pesando sobre a economia alemã", disse o ministro da Economia, Sigmar Gabriel, acrescentando que a força doméstica continua intacta.
Entretanto, mesmo as projeções para a demanda doméstica foram reduzidas para aumento de 1,4% neste ano e 1,7% no próximo, ante estimativas em abril de alta de 1,9% e 2,1%, respectivamente.
O investimento bruto de capital crescerá 3,2% em 2014 e 3,3% em 2015, completou o ministério.
FMI
No novo Panorama Econômico Mundial, divulgado na terça-feira (7), o FMI prevê que a economia global crescerá 3,3% neste ano.
O fundo diz que no segundo semestre de 2014 e no ano que vem, a tendência é de crescimento econômico para os EUA (2,2% neste ano, 3,1% no ano que vem) e de desaceleração "controlada" na China (7,4% e 7,1%, respectivamente).
A recuperação da zona do euro continua irregular, com Alemanha (1,4% e 1,5%) bem melhor que França (0,4% e 1%). O Reino Unido tem um crescimento "sólido", de 3,2% neste ano.
Na América do Sul, Argentina e Venezuela serão os únicos com desempenho inferior ao do Brasil, com quedas no PIB de -1,7% e -3% em 2014 respectivamente. Os demais terão altas, como Bolívia (5,2%) e Colômbia (4,8%).
No relatório, a previsão de crescimento do Brasil neste ano foi reduzida em um ponto percentual, de 1,3% em julho para 0,3%.
INVESTIMENTOS
Dias depois, durante o encontro anual do FMI e do Banco Mundial, o fundo pediu aos líderes econômicos globais que aumentem seus investimentos para estimular a economia global, que continua lenta e em desaceleração.
O esforço vem após seis anos de combate à crise se passarem sem garantia de que a economia tenha se firmado em bases estáveis.
Mesmo a Alemanha ameaça cair em recessão, a China tem perdido fôlego e os Estados Unidos temem que a desaceleração global prejudique a recuperação norte-americana.
A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, pediu sem rodeios que particularmente os Estados Unidos e a Alemanha abram os cofres e gastem mais em projetos de infraestrutura -uma forte reversão da recente fixação do fundo em dívida pública e "reforma estrutural" que se provou politicamente difícil de implementar.
"É uma questão de fazê-lo, não simplesmente falar sobre isso", disse Lagarde.
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