Fundos voltam a investir em start-ups de ciência nos EUA
A Vestaron produz um pesticida que não prejudica o ambiente e é derivado do veneno de uma aranha. A Bagaveev usa impressoras 3D para produzir motores-foguete para nanossatélites. A Transatomic Power está desenvolvendo um gerador nuclear de nova geração alimentado por lixo atômico.
Todas elas têm uma coisa em comum: receberam dinheiro de fundos de capital de risco do Vale do Silício.
Mike Massee/The New York Times | ||
Propulsor da nave Lynx, criada pela Xcor Aerospace, durante testes; a empresa recebeu investimento de US$ 14,2 mi |
Depois de anos evitando envolvimento com start-ups (empresas iniciantes) de ciência, engenharia e tecnologia ecológica, o setor de capital de risco começou de novo a demonstrar interesse por esse tipo de negócio.
Essas companhias enfrentam pressão intensa para provar que são capazes de gerar lucros mais rapidamente do que serviços em ascensão como Snapchat e Uber.
Em agosto, o Founders Fund, que investiu em redes sociais como o Facebook e o Yammer e no serviço de música on-line Spotify, anunciou investimento de US$ 2 milhões na Transatomic Power, de Cambridge, Massachusetts. Dias antes, a Y Combinator, conhecida por apoiar start-ups de internet e de apps para celular, tomou parte de uma rodada inicial de capitalização de US$ 1,5 milhão na Helion Energy, que desenvolve um motor acionado por fusão nuclear.
"Por sorte, os investidores em novos negócios estão voltando a colocar dinheiro em ciência básica e em inovação real", diz John Sorenson, presidente da Vestaron.
No geral, empresas iniciantes nos setores de energia e indústria atraíram US$ 1,24 bilhão em capital no primeiro semestre de 2014, mais que o dobro do montante obtido no mesmo período de 2013, de acordo com a Associação Nacional de Capital de Risco dos Estados Unidos. Mas o investimento continua bem abaixo dos picos atingidos em 2008, quando start-ups industriais e de energia atraíram US$ 4,64 bilhões.
Esses investimentos continuam pequenos se comparados ao dinheiro que chega a outras empresas de tecnologia, especialmente as que oferecem serviços de internet ou redes móveis. Start-ups de software atraíram US$ 11,2 bilhões em capital no ano passado, 85% a mais do que o registrado em 2008.
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