Mercado reduz a 11,5% projeção para a taxa básica de juros em 2015, diz BC
Após duas semanas de estabilidade, economistas passaram a ver menor aperto monetário no fim de 2015 e reduziram a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, a 11,5%, ante 11,88% na última semana, mostrou o Boletim Focus do Banco Central nesta segunda-feira (27).
Essas projeções, além das de inflação e de crescimento econômico, foram enviadas por analistas ao BC até sexta-feira (24), antes da vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial no domingo (26).
Na terça e quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne para decidir se mantém ou não a alíquota, mas os analistas ouvidos não esperam alteração. Eles continuam vendo que a taxa básica de juros será mantida em 11%, patamar na qual deve encerrar este ano.
Já no Top-5, com as instituições que mais acertam as projeções, a estimativa para a taxa básica de juros se manteve a 11% neste ano e 12% para 2015.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
INFLAÇÃO
Em relação às projeções sobre inflação e crescimento econômico, os analistas consultados no Focus não alteraram suas estimativas em relação à última pesquisa.
A expectativa é de que o IPCA, índice oficial da inflação, fechará 2014 a 6,45% e 2015 a 6,30%. A meta do governo é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Em outubro, o IPCA-15, prévia da inflação, acelerou a alta a 0,48%, e ficou em 6,62% em 12 meses, permanecendo acima do teto da meta.
Os setores que mais contribuíram para a alta nos preços entre a segunda quinzena de setembro e a primeira de outubro foram alimentação e bebidas e habitação. O primeiro grupo apresentou uma variação de 0,69% em outubro, contra 0,28% no mês anterior. Já o segundo variou 0,80% ante 0,72% em setembro.
PIB
Quanto ao PIB (Produto Interno Bruto) em 2014, os analistas consultados continuam vendo expansão de 0,27% neste ano e de 1% no próximo.
Na produção industrial, os analistas continuaram a prever queda de 2,24% em 2014, mas reduziram a projeção para 2015, de aumento de 1,46% para 1,42%.
Também houve um pequeno corte na estimativa para o saldo da balança comercial neste ano, de US$ 2,29 bilhões para US$ 2,1 bilhões, e do ano que vem, de US$ 7,65 bilhões para US$ 7,21 bilhões. As projeções para o câmbio ao fim deste e do próximo ano seguiram em R$ 2,40 e R$ 2,50.
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