Com a Selic a 11,25%, veja como ficam os juros dos empréstimos
Com a alta do juro básico, a Selic, para 11,25% ao ano, a taxa média de juros para pessoas físicas passa para 103,13% ao ano (ou 6,08% ao mês), segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Em setembro, o juro médio ao consumidor ficou em 102,59% ao ano (ou 6,06% ao mês), ainda de acordo com a associação. Foi a primeira queda depois de 15 altas seguidas.
Em julho de 2011, quando a Selic estava em 12,50% ao ano, esse juro médio ao consumidor era de 121,21% ao ano.
Apesar da redução nos últimos dois anos, os juros cobrados do consumidor final são muito superiores à Selic, alertam consultores.
Abaixo, veja simulações feitas pela Anefac do impacto do aumento da Selic para 11,25% nas operações de crédito.
TAXA DE JUROS PARA PESSOA FÍSICA
Linha de crédito | Taxa ao mês considerando Selic de 11,25% |
Juros comércio | 4,65% |
Cartão de crédito | 10,8% |
Cheque especial | 8,5% |
CDC (bancos) para financiamento de automóveis | 1,81% |
Empréstimo pessoal (bancos) | 3,46% |
Empréstimo pessoal (financeiras) | 7,28% |
Taxa média | 6,08% |
EXEMPLOS DE IMPACTO EM EMPRÉSTIMOS
Compra de geladeira de R$ 1.500 em 12 parcelas
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor da parcela, em R$ | Total pago, em R$ |
11,25 | 4,65 | 165,91 | 1.990,97 |
Compra de veículo de R$ 25 mil em 60 parcelas
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor da parcela, em R$ | Total pago, em R$ |
11,25 | 1,81 | 686,50 | 41.189,92 |
Empréstimo pessoal de R$ 500 em financeira em 12 parcelas
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor da parcela, em R$ | Total pago, em R$ |
11,25 | 7,28 | 63,89 | 766,72 |
Empréstimo pessoal de R$ 5.000 em banco em 12 parcelas
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor da parcela, em R$ | Total pago, em R$ |
11,25 | 3,46 | 516,20 | 6.194,43 |
Uso de R$ 3.000 no rotativo do cartão de crédito por 30 dias
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor dos juros pagos, em R$ |
11,25 | 10,8 | 324,00 |
Uso de R$ 1.000 por 20 dias no cheque especial
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor dos juros pagos, em R$ |
11,25 | 8,50 | 56,67 |
SEU BOLSO
Com os juros em alta, é recomendado não se endividar e tentar criar uma reserva de emergência para imprevistos, afirma Álvaro Modernell, diretor da Mais Ativos Educação Financeira.
Se o consumidor tiver dívidas com juros mais altos, como no cartão de crédito ou no cheque especial, vale a pena tentar trocar por um crédito mais barato, como consignado -com desconto direto na folha de pagamento- ou por um empréstimo pessoal.
Se for para consumo, o indicado é evitar contrair dívidas, ainda mais em um período de economia fraca e com perspectivas nada otimistas para 2015.
"Não é o momento para comprometer a renda com empréstimo. Se for para consumo, evite", diz Thiago Alvarez, sócio do GuiaBolso. O mais indicado é iniciar uma reserva financeira para poder fazer frente a gastos não previstos no dia a dia, como o conserto de um eletrodoméstico ou alguma emergência de saúde.
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Atualizado em 26/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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