Apostas sobre ministro da Fazenda dominam as conversas no mercado
Vazamento de nomes cogitados pela presidente Dilma Rousseff? Balão de ensaio para testar o mercado? Ou boatos espalhados por pessoas que querem se cacifar? Fora a presidente, ninguém sabe, mas isso não importa agora.
Dilma anunciou que vai trocar o ministro da Fazenda e, com a reeleição, investidores e empresários passaram a especular sobre candidatos ao lugar de Guido Mantega.
Depois de cair 2,7% na segunda (27) com a confirmação de mais quatro anos de Dilma, a Bolsa de Valores subiu 3,6% nesta terça (28). O dólar, que tinha chegado a R$ 2,52, caiu para R$ 2,47.
"Parece que todo mundo que estava no mercado antes da eleição mudou do país e só ficaram os que votaram na Dilma", diverte-se o executivo de um banco estrangeiro, que pediu anonimato.
A mudança de ventos se deve ao rumor de que o filósofo Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, poderia ser convidado para a Fazenda. Uma das poucas pessoas do mercado com quem Dilma manteve contato durante seu governo, Trabuco é nome dos sonhos dos investidores.
Convencer o executivo a se mudar para Brasília, porém, é uma tarefa difícil. Ele é o mais cotado para suceder Lázaro Brandão na presidência do conselho de administração do Bradesco, o que lhe deixaria mais tempo no controle do banco. Aos 63 anos, deve se aposentar da presidência aos 65, por exigência do estatuto do Bradesco.
Além disso, pessoas próximas a Trabuco acham difícil que ele aceite o risco de ser coadjuvante na gestão da política econômica, que na verdade é tocada por Dilma.
Outro nome que circulou nas conversas entre analistas foi o de Henrique Meirelles. O ex-presidente do Banco Central de Lula é querido no mercado, mas tem poucas chances. "Dilma não gosta dele, e ele não gosta de Dilma", diz um presidente de banco, que pediu para não ser identificado.
Dois nomes que já passaram pelo governo, Rossano Maranhão (ex-presidente do Banco do Brasil) e Nelson Barbosa (ex-secretário-executivo de Mantega), são cotados na bolsa de especulações.
Barbosa hoje presta consultoria a bancos, que o contratam para "entender" o governo Dilma. Rossano Maranhão é executivo do Safra. Ambos são bem-vistos, mas não são os favoritos do mercado.
A solução caseira, Aloizio Mercadante, espalhou-se pelo mundo das finanças como uma opção negativa. Hoje braço direito de Dilma, é visto como intervencionista, assim como a presidente.
Correndo por fora, o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice presidente José Alencar, já foi cogitado antes por Dilma para o Desenvolvimento e para a Fazenda.
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