De olho na concorrência, TAM estreia nova classe executiva
Para competir com as companhias aéreas estrangeiras que voam para o Brasil, a TAM estreia neste sábado (1º) uma nova classe executiva nos voos para a Europa e para os Estados Unidos.
A reformulação inclui o fim da primeira classe, que contava com quatro assentos, em todas as 32 aeronaves nessas rotas. O número de assentos na executiva, agora batizada de "Premium Business", permanece o mesmo, 56.
Outro foco da companhia foi investir em mimos para os passageiros. Eles passarão a ser chamados pelo nome, o que não ocorria antes, e a poder escolher, no início do voo, o que querem tomar de café da manhã ao acordar.
A TAM também criou uma espécie de "maître", um chefe que circulará pelas classes executiva e econômica para saber como os passageiros estão sendo atendidos.
A premissa, diz, foi unificar o padrão de serviço com a LAN e criar um produto mais adequado ao perfil dos clientes que viajam de executiva –em que a passagem custa de duas a três vezes mais do que a de econômica.
Silva Junior - 19.jun.14/Folhapress | ||
Avião da TAM decola do aeroporto de Ribeirão Preto (SP) |
"Sentimos que o nível de competição e de concorrência, principalmente na classe executiva, continua aumentando muito", diz Jerome Cadier, vice-presidente de marketing do grupo Latam, que inclui a chilena LAN.
Entre esses serviços estão poltronas até 15% maiores e que viram cama, o que concorrentes como Delta, American e Lufthansa já fazem.
O serviço de bordo, segundo a empresa, será mais veloz. Na executiva, entre a distribuição do jantar e a retirada dos pratos, levavam-se até duas horas e meia.
Esse tempo foi reduzido para uma hora e 40 minutos; a ideia é deixar para o passageiro mais tempo para dormir, se divertir ou trabalhar.
Houve melhoras também na classe econômica. Antes, as bebidas passavam até 15 minutos depois da comida; muitos passageiros acabavam a refeição sem que o carrinho de bebidas chegasse.
Agora, a bebida será distribuída imediatamente após a refeição ser entregue, diz o vice-presidente de marketing.
PREMIUM
Para André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company, aprimorar a classe executiva é uma exigência do mercado atual, diante da atuação da concorrência.
"Há um consenso na indústria de que a classe executiva está se tornando um produto mais premium. Assento que reclina na horizontal virou necessidade para competir", diz. Companhias como American e Lufthansa oferecem assentos assim.
Refeições rápidas, conforto e silêncio são atributos fundamentais para quem procura viajar de executiva, afirma.
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