Oi pede mais para vender Portugal Telecom
Depois de receber duas ofertas de compra da Portugal Telecom (PT), a Oi abriu negociações com a francesa Altice e com os fundos de investimento Apax Partners e Bain Capital para melhorar em até € 800 milhões (R$ 2,5 bilhões) as duas propostas.
Ambos ofereceram € 7 bilhões (R$ 22 bilhões) pela PT em Portugal. Ficaram fora as operadoras da África.
Quem vencer a disputa não assumirá as dívidas da operadora, que continuarão com a Oi. Entre elas está o "empréstimo" de quase € 900 milhões (R$ 2,9 bilhões) feito pela PT à Rio Forte, empresa do grupo Espírito Santo, sócio da PT, que está em falência.
As duas propostas preveem um desconto no valor final a ser pago caso, já sob nova administração, a PT não atinja determinadas metas de geração de caixa e de Ebitda (lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização).
A Folha apurou que é justamente esse desconto -de até R$ 2,5 bilhões- que estará no centro das negociações. Para fechar a venda da PT, a Oi espera ter, no mínimo, € 7 bilhões, livres de desconto.
TUMULTO
A Terra Peregrin, empresa de Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola e sócia da PT na principal operadora do país, disse que faria uma nova oferta pela PT.
A multimilionária angolana já tinha oferecido € 1,2 bilhão, mas para ficar com metade das ações da própria Portugal Telecom, a empresa controladora e sócia da Oi.
Dessa forma, ela se tornaria acionista da Oi, que está concluindo a fusão com a PT.
O conselho de administração da Oi rechaçou a proposta, porque ela altera o plano em curso de reestruturação societária das empresas.
A empresária angolana disse que faria nova proposta, mas, ainda segundo apurou a reportagem, a Oi não acredita que ela ocorrerá.
A empresa tem pressa em concluir a venda da PT porque disso depende o envio de uma oferta de compra da TIM junto com a Vivo e a Claro, como revelou a Folha no final de outubro.
Com a venda da PT, a Oi poderá reduzir seu endividamento, que, no segundo trimestre, foi de R$ 46,2 bilhões.
Com um corte de R$ 22 bilhões na dívida, a companhia tomaria fôlego financeiro para adquirir o menor pedaço da TIM (28%). No acordo, conduzido pelo banco BTG Pactual, a Vivo levaria 32% da TIM, e a Claro, 40%.
A oferta seria de R$ 31,5 bilhões, o que pode ser pouco para que a Telecom Italia, dona da TIM, abra mão da sua "galinha dos ovos de ouro".
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