Sem turista argentino, Uruguai mira Brasil
Antecipando a redução de turistas da Argentina, que enfrenta desvalorização cambial e recessão já há dois anos, o Uruguai começou a ampliar suas ações de publicidade no Brasil.
Apesar de não serem tão numerosos quanto os viajantes argentinos que vão às praias e aos cassinos do país vizinho -eles correspondem a cerca de 60% dos 2,8 milhões de turistas que viajam ao Uruguai-, os brasileiros gastam mais.
O Rio Grande do Sul, por ser o Estado com mais turistas que viajam ao país ao sul, é o maior alvo dessas propagandas. Há ações em Porto Alegre e também em cidades de porte médio, como Rio Grande e Pelotas.
"A temporada dos brasileiros era concentrada no Réveillon e no Carnaval. Depois começaram a vir em outros feriadões, e agora a presença é mais constante", afirma o ministro interino do Turismo, Antonio Carámbula, que emprega o termo "feriadão" em português.
MAIS RENTÁVEIS
Ele afirma que, em média, os brasileiros são mais rentáveis porque, além dos cassinos e das praias, viajam para comprar, algo que os argentinos não fazem muito. Outra diferença é que os argentinos se hospedam menos em hotéis e mais em casas que alugam para a temporada.
Os brasileiros que chegam em cruzeiros são cerca de 180 mil por ano. A quantidade de turistas que passam pela imigração do Uruguai é de 400 mil, e o ministro estima que 250 mil atravessam a fronteira seca -ou seja, sem posto de imigração-, sem que o país seja notificado da presença deles.
"Não vai haver um salto nesses números, mas eles vão continuar crescendo", afirma Carámbula.
Depois dos argentinos, a segunda nacionalidade mais presente entre os turistas são os norte-americanos.
'FIEL'
Os argentinos que vão veranear no país vizinho são um público fiel", afirma Carámbula, mas eles estarão com menos poder aquisitivo nesta temporada.
Os argentinos costumam procurar imóveis para alugar nas praias uruguaias, especialmente em Punta del Este. A associação de locadores de casas de veraneio da cidade decidiu congelar os preços do ano passado para não perder clientes. Na mídia argentina, afirma-se que é possível encontrar imóveis para alugar com preços até 20% menores do que em 2013.
A quantidade de cruzeiros na costa uruguaia vai cair. Em Punta del Leste, por exemplo, foram cerca de 120 na temporada passada e, nesta, devem ser menos de 100, afirma Carámbula.
Uma das empresas, a Grand Celebration, desistiu de operar na cidade e também em Montevidéu.
Daniel Caselli/AFP | ||
Família de turistas na praia Jose Ignacio, próxima a Punta del Este e a 150 quilômetros de Montevidéu |
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