Ações em Tóquio caem após Japão entrar em recessão
As ações japonesas marcaram a maior queda diária desde agosto nesta segunda-feira (17) após o Japão ter entrado em recessão no terceiro trimestre, com a economia encolhendo 0,4%.
Às 7h46 (horário de Brasília), o índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, recuava 0,65%, depois que os dados decepcionantes sobre crescimento no Japão levaram o índice Nikkei a uma queda de quase 3%.
Já as ações de Hong Kong abriram em alta de cerca de 1%, mas rapidamente anularam os ganhos e fecharam em queda de 1,2%.
O fechamento mostrou sinais de realização de lucro por operadores que haviam se posicionado para o lançamento da conexão entre bolsas de valores, que começou nesta segunda-feira (17) e permitirá a investidores de Hong Kong e Xangai comprarem e venderem ações nas bolsas uns dos outros.
"O mercado já havia respondido à conexão entre as bolsas", disse o analista sênior de investimento da Harris Fraser (International), em Hong Kong, Andy Wong, referindo-se ao mercado de Hong Kong. "Investidores de curto prazo estão realizando lucros no mercado."
Petar Kujundzic/Reuters | ||
Shinzo Abe na cúpula do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico |
RECESSÃO
A economia do Japão entrou em recessão ao encolher 0,4% no terceiro trimestre deste ano, frustrando as previsões de recuperação após contração de 1,8% no trimestre anterior. O fato consolida a visão de que o premiê Shinzo Abe vai adiar o segundo aumento de impostos no próximo ano.
Em dados anualizados, a queda no terceiro trimestre foi de 1,6% e no segundo, de 7,1%.
Abe disse que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta segunda-feira (17) seriam a chave para sua decisão de prosseguir com o aumento de impostos para 10% em outubro em 2015. Essa decisão vinha sendo esperada para até o final do ano.
O segundo trimestre consecutivo de contração, diante da previsão de crescimento de 0,5% em pesquisa da agência Reuters, reforça os sinais de que a terceira maior economia do mundo tem mostrando recuperação lenta do consumo depois do primeiro aumento de impostos em abril.
IMPOSTOS
O aumento de impostos de abril a 8%, ante 5%, levou a uma contração econômica de 7,1% no segundo trimestre, em dados revisados, a maior queda desde a crise financeira global.
Uma autoridade próxima ao premiê disse à Reuters que Abe adiaria o segundo aumento e convocaria eleição geral, num esforço para seguir no poder.
Em junho, Abe apresentou um pacote de medidas com o objetivo de impulsionar o crescimento de longo prazo do país, de cortes tributários corporativos graduais a um papel maior para mulheres e trabalhadores estrangeiros.
Entre as ações anunciadas estava um corte futuro na taxa de imposto efetiva de empresas -que está entre as mais altas do mundo- para menos de 30% ao longo dos próximos anos, e uma promessa para reformar o Fundo de Investimento de Pensão do Governo de US$ 1,26 trilhão de maneira provável a realocar mais dinheiro ao mercado acionário.
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