Correios de Portugal rejeita entrar na compra de ativos da Portugal Telecom
A Correios de Portugal (CTT) não estão considerando a compra de qualquer participação nos ativos da Portugal Telecom controlados pela Oi, anunciou a companhia portuguesa de serviços postais nesta quinta-feira.
Na véspera, o jornal português Diário Económico noticiou que a CTT estaria avaliando a possibilidade de fazer um acordo com os fundos Apax Partners e Bain, para ficar com uma participação de 20% em uma proposta conjunta para compra dos ativos portugueses da Oi.
"A CTT não irá participar em qualquer proposta firme conjunta com os ditos fundos por referência à aquisição da PT Portugal, nem está considerando qualquer tipo de investimento de capital na PT Portugal, pelo que as notícias (...) divulgadas não correspondem à realidade", afirmou a companhia em comunicado.
"A CTT, no âmbito do desenvolvimento da sua estratégia e para potenciar as alavancas de crescimento divulgadas, continua a equacionar a celebração de acordos com potenciais parceiros da área de telecomunicações, incluindo a PT Portugal ou os seus potenciais compradores, visando a potenciação de sinergias."
PROPOSTA
Em 12 de novembro, as empresas de private equity Apax e Bain fizeram uma oferta conjunta de 7,075 bilhões de euros (R$ 22 bilhões) pelos ativos portugueses da Oi, um valor mais elevado que a proposta inicial de 7,025 bilhões de euros da francesa Altice.
Nesta quinta-feira, o conglomerado Semapa anunciou ter fechado memorando de entendimento com Apax e Bain para comprar os ativos portugueses da Oi, podendo ficar com entre 5% a 10% do capital da companhia portuguesa de telecomunicações.
A entrada dos Correios de Portugal nesse "consórcio" não interferiria na oferta que Apax e Bain.
PARCERIA
A proposta de associação com os Correios de Portugal tem dois motivos. O primeiro é que eles já operam no mercado de telefonia móvel. Outro ponto, segundo apurou a Folha, seria o "efeito psicológico".
Embora a PT não seja mais vinculada ao governo português, os consumidores ainda fazem uma relação direta entre o país e a operadora, mesmo após a fusão entre a PT e a Oi, iniciada em 2010. Isso seria positivo para os dois fundos, que pretendem abrir o capital da PT na Bolsa de Lisboa, em 2016, caso a Oi aceite a proposta.
A Oi tem pressa de vender a PT para reduzir seu endividamento e, assim, se preparar para fazer oferta à Telecom Italia pelo junto com Vivo e Claro. As operadoras concorrentes pretendem fatiar a operadora.
Em contra-ataque, a Telecom Italia informou que estuda uma forma de se associar à Oi (compra ou fusão).
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