Bolsa e dólar sobem em manhã marcada por resultado do PIB
O resultado positivo, embora tímido, do PIB (Produto Interno Bruto) contribuiu para que a Bolsa brasileira abrisse em alta nesta sexta-feira. Às 12h, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subia 1,09%, para 55.316 pontos.
O dólar sobe, como é tradicional no último dia útil do mês, quando há a formação da Ptax, cotação média que baliza o fechamento dos contratos. A moeda à vista, referência no mercado financeiro, subia 2,06% às 12h, para R$ 2,5656. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, tinha no mesmo horário alta de 1,46% para R$ 2,566.
Das ações que compõem o Ibovespa, 58 subiam nesse horário, 10 caíam e 2 operavam em estabilidade. A maior influência sobre o índice era da alta de Itaú Unibanco (+0,92%, para R$ 39,09), Ambev (+1,81%, para R$ 16,86), Bradesco (+0,95%, para R$ 40,12) e Vale (+ 2,17% as preferenciais, mais negociadas, para R$ 20,18, e +2,48% as com direito a voto, para R$ 23,55).
Para o analista-chefe da Spinelli Corretora, Elad Revi, a alta da Bolsa hoje se explica por uma conjunção entre resultado do PIB -que, apesar de fraco, indicou saída da recessão– e aprovação à equipe econômica.
"Há uma perspectiva de que ocorram melhoras gradativas na economia e percepção diminuição do risco", afirma Revi.
O analista destaca que houve uma boa recepção às medidas que eles parcialmente declararam -aperto nas contas públicas e superavit primário de 1,2% em 2015 foram os destaques do discurso de Joaquim Levy, futuro ministro da Fazenda, ontem. "Falta ver se eles as concretizarão."
Ainda refletindo a baixa dos preços do petróleo, as ações da Petrobras recuam nesta sessão. As preferenciais, mais negociadas, caíam 0,29% às 12h, para R$ 13,40. As ordinárias, com direito a voto, têm queda de 0,31%, para R$ 12,71.
CÂMBIO
Nesta sexta, o Banco Central realizou novo leilão de 4.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares) dentro do programa de intervenções diárias no câmbio. O valor alcançado foi de US$ 197,6 milhões.
Mas essa "ração diária" de dólares que vem sendo negociada desde agosto de 2013 pode diminuir ou acabar em 2015, segundo fala do presidente do BC, Alexandre Tombini, durante a entrevista em que traçou um panorama do que pretende fazer continuando à frente do banco.
E essa sinalização influi desde ontem à tarde na cotação do dólar. Hoje ela ajuda a moeda a subir, afirma o operador de câmbio Hideaki Ilha, da Fair Corretora, embora, em sua visão, essa diminuição já fosse esperada.
"Está havendo uma correção saudável na cotação do dólar e ele está subindo no exterior também, não só aqui", diz.
Na avaliação do operador, o preço do petróleo em queda também contribui para a cotação em alta hoje. Mas ele afirma que a formação de Ptax pesa bastante. "É sempre a briga do mercado de câmbio nesse dia", afirma.
Para Ilha, sem a ração diária de dólares, o mercado vai testar até aonde o Banco Central deixa a cotação chegar.
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