Contrabando de carne brasileira leva 27 para prisão na China
A polícia da província chinesa de Jiangsu prendeu, nesta segunda-feira (1º), 27 pessoas em uma operação contra uma rede de contrabando de carne bovina importada ilegalmente do Brasil, de acordo com informações da agência oficial de notícias "China News Service".
Foram apreendidas 300 toneladas de carne e apresentadas acusações formais contra 12 dos detidos. As compras eram feitas por telefone e mediante transferência bancária.
Oito companhias de Jiangsu e da província chinesa de Cantão estavam envolvidas no esquema, que começou a ser investigado em janeiro deste ano, quando a polícia recebeu denúncias de que carne de procedência misteriosa estava sendo vendida nos mercados a um preço muito abaixo dos concorrentes.
COMÉRCIO LEGAL
Depois de dois anos sob embargo na China –devido ao caso conhecido como "mal da vaca louca" (encefalopatia espongiforme bovina, ou EEB) no Paraná–, a carne bovina do Brasil voltará a entrar no país mais populoso do mundo a partir de janeiro de 2015, afirmou em novembro o ministro da Agricultura, Neri Geller. A liberação foi oficializada depois dos encontros mantidos por Geller em Pequim com autoridades chinesas.
O fim do embargo foi anunciado em junho pela presidente Dilma Rousseff durante a visita ao Brasil do líder chinês, Xi Jinping. Mas a retomada das exportações dependia da negociação de um novo protocolo sanitário, que foi finalizado no mês passado.
Com a liberação, Geller prevê que o Brasil conquistará rapidamente uma fatia significativa das importações de carne bovina da China. O consumo do produto no país tem aumentado de forma acelerada nos últimos anos, à medida em que crescem a renda e o poder de consumo da população que chega à classe média.
CONCORRÊNCIA
Porém, a conclusão de um acordo de livre comércio que amplia as relações econômicas entre China e Austrália, anunciado também em novembro, poderá dificultar as exportações de carne bovina do Brasil para o mercado chinês.
O acordo, que consumiu dez anos de negociação, derruba tarifas para a entrada de produtos australianos na China, e beneficia sobretudo o setor de carne bovina, vinho e derivados de leite. Os chineses, por sua vez, terão menos barreiras para investir em empresas na Austrália.
Uma declaração de intenções foi assinada em Canberra, capital da Austrália, durante a visita ao país do líder, Xi Jinping. O acordo final será selado no próximo ano.
Ele prevê que 95% das exportações australianas para a China terão tarifa zero dentro de quatro a cinco anos. Em contrapartida, produtos chineses, como têxteis, também terão cortes de tarifas.
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