Joaquim Levy e Nelson Barbosa são nomeados assessores especiais
Os futuros ministros da Fazenda e do Planejamento, que já despacham em Brasília no Palácio do Planalto, foram transformados temporariamente em assessores especiais do gabinete pessoal da Presidência da República.
Segundo auxiliares, esta decisão, publicada nesta segunda-feira (08) no "Diário Oficial" da União, é um indicativo de que Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) devem tomar posse apenas em 2015.
A presidente Dilma chegou a cogitar dar posse a Levy e Barbosa nesta semana, mas postergou a troca de cargos por causa da demora do Congresso em aprovar a mudança da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2014, que permite descumprir a meta de superavit primário.
Alan Marques/Folhapress | ||
Nelson Barbosa, futuro ministro do Planejamento; posse deve ocorrer somente em 2015 |
O receio do Palácio do Planalto é que os dois ministros possam ser responsabilizados por atos praticados pelos seus antecessores, Guido Mantega e Miriam Belchior.
A nomeação visa regularizar a situação de Levy e Barbosa, que já estavam usando a estrutura do governo, mas não tinham um cargo efetivo, já que não tomaram posse.
O Congresso deve concluir nesta terça-feira (09) a votação da alteração na LDO de 2014. O texto principal do projeto foi aprovado na semana passada, a muito custo, e a análise de alguns destaques ficou para esta semana.
Levy e Barbosa passam então a exercer a função de assessores especiais "em caráter temporário", com uma remuneração mensal de R$ 10.429,65. Quando forem nomeados em seus cargos "oficiais", vão ganhar o salário de ministro, atualmente de R$ 26.723,13.
Os dois novos ministros estão trabalhando na finalização das medidas fiscais destinadas a reequilibrar as contas do governo, que podem fechar o ano com deficit.
Segundo assessores, parte dessas medidas pode ser anunciada na próxima semana. O anúncio pode ficar a cargo de Mantega.
Os novos ministros também estão montando suas equipes. O secretário-executivo de Nelson Barbosa deve ser Dyogo Oliveira, que trabalhou no Ministério da Fazenda com o futuro ministro do Planejamento. Oliveira, hoje, é secretário-executivo-adjunto de Mantega.
Além da posse dos novos ministros da Fazenda e do Planejamento, a presidente Dilma pode deixar para o próximo ano a do novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro.
Monteiro chegou a ser avisado de que sua posse seria nesta semana. A princípio, na terça-feira. Depois, na quinta-feira, por causa do atraso do Congresso em aprovar a LDO de 2014. Agora, a informação é que sua posse não tem mais data definida. A tendência é que ele também assuma o posto em 2015.
SUBSTITUTO
No lugar de Joaquim Levy na Bram (gestora de investimentos do Bradesco) foi nomeado nesta segunda (8) o executivo Reinaldo Le Grazie. Ele era diretor de renda fixa e multimercados da gestora e vai comandar investimentos de terceiros que chegaram a R$ 303 bilhões em março.
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