Escritórios de advocacia dos EUA disputam acionistas da Petrobras
A ação coletiva dos investidores norte-americanos contra a Petrobras gerou uma corrida pelo ouro entre os escritórios de advocacia dos Estados Unidos.
Até esta quarta-feira (10), seis firmas se apresentaram para representar os investidores interessados em conduzir o processo contra a companhia brasileira: Wolf Popper, o responsável por entrar com a primeira ação em uma corte de Nova York, Rosen, Kahn Swick & Foti, Pomerantz, Brower Piven e Glancy Binkow & Goldberg.
Nos Estados Unidos, esse tipo de ação representa todos os investidores que detêm papéis de uma companhia, ainda que eles não se manifestem durante o processo.
Inicialmente, para entrar com uma ação coletiva, o escritório de advocacia precisa de apenas um queixoso.
A partir do momento em que a primeira ação coletiva é protocolada na Justiça, outros acionistas têm 60 dias para decidirem se querem participar do processo como o queixoso principal.
Os advogados que entraram com a primeira ação não serão necessariamente os responsáveis pela condução do caso. É então que começa a briga entre os escritórios para conseguir representar o acionista que estará à frente do processo.
Todos os interessados protocolarão um requerimento na corte em que está a ação para tentarem conseguir o papel de liderança no processo.
No final do prazo, o juiz responsável pela ação define, pelo critério de quem sofreu as maiores perdas –e, portanto, tem o maior número de papéis–, quem será o queixoso principal.
O escritório de advocacia que estiver representando esse investidor será aquele responsável por defender os interesses de todos os acionistas na ação coletiva.
Até o dia 6 de fevereiro, portanto, esses advogados lutam para mostrar que são mais competentes ou estão angariando o maior número de interessados.
"Nossos telefones não param de tocar, já tivemos muita procura! Os investidores estão realmente insatisfeitos", disse Louis Kahn, do Kahn Swick & Foti.
Robert Finkel, do Wolf Popper, afirmou que a resposta dos investidores para o escritório tem sido bastante positiva. "Recebemos mais de cem contatos aqui nos EUA e nosso parceiro no Brasil [Almeida Advogados] também tem vários interessados."
"Eu acho que temos uma boa chance, já falamos com diversos acionistas, mas nesses casos também é uma questão de sorte", disse Phillip Kim, advogado do Rosen.
PREJUÍZO
Dos advogados ouvidos pela Folha, apenas Finkel, do Wolf Popper, fez uma estimativa de quanto o processo pode gerar para os acionistas, cerca de US$ 100 milhões (R$ 260 milhões).
"Não posso simplesmente colocar um número porque a situação está em desenvolvimento. Em 99% desses casos, acionistas e empresa chegam a um acordo antes do julgamento", disse Kim. Como a maioria dos processos termina em acordo, é difícil que os acionistas sejam ressarcidos de 100% das perdas, afirmou.
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