Agência rebaixa nota individual da Petrobras para 'grau especulativo'
A agência de avaliação de risco S&P (Standard & Poor's) rebaixou o perfil de crédito individual da Petrobras de "BBB-" para "BB".
Com isso, considerada de forma independente de seu controlador, a União, a estatal tem nota correspondente ao grau especulativo.
No entanto, a S&P reafirmou a nota de crédito corporativo da petroleira em "BBB-", mais baixo patamar do grau de investimento, devido à grande probabilidade de "ajuda extraordinária pelo governo", em caso de dificuldade financeira, segundo a agência. A perspectiva estável reflete a nota de crédito soberana do Brasil.
A nota individual é um componente teórico, que só serve para efeito de comparação com uma empresa do mesmo setor que não tenha o suporte do governo.
Depois de calculada a nota individual, é acrescentada a avaliação sobre o controlador, que, no caso das estatais, é o governo.
O rebaixamento do perfil de crédito individual espelha menor projeção de liquidez, acesso mais restrito a financiamento e geração de fluxo de caixa potencialmente mais fraca, à luz das investigações de corrupção em curso, afirma a S&P.
Segundo a agência, a geração de caixa pode ser afetada por redução de investimentos, com consequente impacto sobre o aumento de produção, e por multas decorrentes das investigações da Polícia Federal e da Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana).
NOTA DE ADMINISTRAÇÃO
A S&P revisou, ainda, a nota de administração e governança da Petrobras de satisfatória para justa.
"Acreditamos que a Petrobras tem menor capacidade de identificar e efetivamente controlar riscos estratégicos, como visto nas investigações de corrupção e nos atrasos na divulgação de informações financeiras", escreveram os analistas.
A nota de crédito corporativo da Petrobras somente deve ser rebaixada, sem nenhuma ação sobre a nota soberana brasileira, caso o perfil de crédito individual caia para nota "B", ou inferior, adianta a S&P.
No início do mês, outra agência de classificação de risco, a Moody's, já havia reduzido a nota individual da Petrobras, assim como a da Eletrobras. Nos dois casos, as notas de classificação mais importante foram preservadas.
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