Menor aversão ao risco e vencimento de opção impulsionam ações na Bolsa
A trégua na aversão ao risco no exterior ajuda o principal índice da Bolsa brasileira a operar no azul nesta quarta-feira (17). O movimento é potencializado pelo vencimento de opções sobre índice e índice futuro (quando termina o prazo de contratos que apostam na pontuação de indicadores), o que impulsiona setores como siderúrgico, bancos e ações ligadas às commodites.
Às 16h20 (de Brasília), o Ibovespa subia 4,62%, para 49.180 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 6,417 bilhões. O setor siderúrgico estava entre os maiores ganhos, com CSN subindo 13,97%, para R$ 5,63, enquanto a ação preferencial (sem direito a voto) da Usiminas avançava 8,48%, para R$ 5,37.
As ações de siderúrgicas, segundo analistas, também são influenciadas pela disputa entre a Nippon Steel e a Ternium pelo controle da Usiminas e o cenário de desvalorização do real no mês. Também circulavam rumores sobre eventual fim de descontos da China nos impostos de exportação de alguns produtos siderúrgicos contendo boro.
"Em dias que há vencimento de opções desse tipo, há muita operação estruturada que envolve ações do Ibovespa. Os operadores têm que comprar papéis e zerar suas posições nas últimas três horas do pregão, o que empurra para cima as cotações", disse Fabio Gaudino, trader da Guide Investimentos.
Segundo o analista, o ambiente mais favorável também colabora para o ânimo da Bolsa. "A aprovação da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] e o comprometimento do próximo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com uma política econômica mais firme foram vistos com bons olhos pelos investidores", afirmou.
No exterior, as Bolsas dos Estados Unidos subiam. Os investidores seguem atentos ao desfecho da reunião de política monetária do Federal Reserve (banco central americano), às 17h (de Brasília). A avaliação do mercado é que a autoridade vai manter os juros daquele país em seu atual patamar, perto de zero, mas é esperada uma sinalização se um aperto monetário ocorrerá antes do previsto (meados de 2015).
Papéis da Petrobras subiam, mesmo após declaração da presidente da estatal, Graça Foster, de que o balanço da empresa pode não trazer informações confiáveis sobre os descontos feitos no patrimônio atribuído a corrupção. As ações preferenciais ganhavam 1,91%, às 16h20, para R$ 9,56 cada um, enquanto as ordinárias, com direito a voto, avançavam 3,10%, para R$ 8,97.
No setor financeiro, operavam no azul Itaú Unibanco (+4,80%), Banco do Brasil (+6,65%) e a ação preferencial do Bradesco (+4,56%). Este é o segmento com maior peso dentro do Ibovespa.
Do outro lado da Bolsa, uma única ação entre os 70 papéis que compõem o Ibovespa caía, às 16h20. A Oi despencava 8,65%, para R$ 0,95. Na véspera, a companhia defendeu a venda dos ativos portugueses da Portugal Telecom SGPS, alegando que a alienação desses ativos permitirá reforçar sua capacidade financeira e participar de uma eventual fusão ou compra da TIM.
CÂMBIO
No câmbio, o dólar chegou a abrir esta quarta-feira em alta, mas inverteu a tendência no final da manhã. A virada refletiu o fortalecimento da moeda russa, após o rublo ter despencado nos últimos dias –movimento que forçou o banco central da Rússia a subir drasticamente sua taxa de juros–, além de dados fracos de inflação nos EUA terem aliviado cautela sobre um aumento antecipado nos juros nos EUA.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 1,32% sobre o real, às 16h20, cotado em R$ 2,700 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedia 1,20%, para R$ 2,702. A moeda americana chegou a bater R$ 2,75 durante a manhã.
O ministério russo de Finanças anunciou nesta quarta que venderá reservas de divisas estrangeiras para apoiar o rublo que, nas palavras do ministério, está "extremamente desvalorizado". Apenas na última segunda-feira a moeda russa perdeu 9,58% sobre o dólar. Na terça, perdeu mais 8,62%.
Aqui no Brasil, a confirmação de continuidade das intervenções do Banco Central no câmbio em 2015 também colabora para o alívio no mercado. Os operadores, no entanto, aguardam detalhes sobre o tamanho dessas atuações.
Nesta quarta, o BC fez seu leilão diário de 4.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 195,6 milhões. A autoridade também promoveu um novo leilão para rolar os vencimentos de 10.000 contratos de swap previstos para 2 de janeiro de 2015, por US$ 487,1 milhões.
Com Reuters
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