25% dos municípios brasileiros fecharam vagas formais em 2014
Cerca de um quarto dos municípios brasileiros cortou postos de trabalho formais ao longo de 2014. São 1.350 cidades onde, até novembro, havia menos vagas do que o registrado no ano anterior.
Há ainda 206 municípios nos quais nada aconteceu: passados 11 meses, o saldo de postos de trabalho é o mesmo de 2013.
O total de cidades em que o mercado de trabalho piorou ou ficou estagnado já supera o de 2013, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
A chance de recuperação até o fim do ano é pequena, já que em dezembro tradicionalmente há redução no número de empregos com carteira assinada no país.
Na topo da lista das cidades que mais desempregaram está Ipojuca, município de 80 mil habitantes localizado a 50 quilômetros do Recife. Lá, o término de obras do porto de Suape fez com que mais de 18 mil postos de trabalho fossem extintos até novembro.
Outras cidades sofrem o efeito do desaquecimento da economia. Em 2014, espera-se crescimento zero, e a indústria automotiva tem sido uma das mais prejudicadas.
A situação já afeta o mercado de trabalho de municípios paulistas como São Bernardo do Campo e Diadema.
Em São Bernardo, que abriga Ford, Volks e Mercedes-Benz, 99% das 4.553 vagas perdidas vieram da indústria de transformação.
O mesmo acontece na vizinha Diadema, onde mais da metade dos trabalhadores está no setor industrial. A perda de postos só não foi maior porque a construção civil abriu vagas ao longo do ano.
Editoria de arte/Folhapress | ||
COPA E ELEIÇÕES
Em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, o baque veio do setor imobiliário. As demissões promovidas por empresas de engenharia e por imobiliárias fizeram com que a cidade ficasse na quarta posição da lista. "Tanto a Copa quanto as eleições atrapalharam. São eventos que esfriam a procura por imóveis", afirmou a prefeitura por meio de nota.
Como em anos anteriores, o saldo positivo de criação de vagas em 2014 foi puxado pelas capitais. O fôlego das maiores cidades do país, contudo, já foi maior.
A taxa de desemprego nas principais metrópoles ficou em 4,8% em novembro, segundo o IBGE. É um dos menores patamares já registrados, mas os dados sinalizam que a situação pode mudar.
Todas as regiões metropolitanas tiveram aumento na taxa de desemprego naquele mês, na série com ajuste sazonal (considerando as influências típicas de cada período). Isso ocorreu, em grande parte, porque o número de pessoas em idade ativa (15 anos ou mais) dispostas a trabalhar subiu, mas nem todas conseguiram achar vagas.
Nos últimos anos, o número de pessoas que não estavam buscando trabalho ajudou a reduzir a taxa de desemprego. Aos poucos, elas começam a tentar voltar ao mercado, mas o ritmo de contratação está menor. Segundo o Ministério do Trabalho, o Brasil deve fechar 2014 com 700 mil novos empregos com carteira assinada, o resultado mais baixo da última década.
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