Fed sinaliza que não deve elevar taxa básica de juros ao menos até junho
Demonstrando novas preocupações com a inflação, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) sinalizou nesta quarta-feira (28) que não deve elevar a taxa básica de juros da economia norte-americana até pelo menos o mês de junho.
Após dois dias de reunião de seu comitê de política monetária, o Fomc, o Fed anunciou novamente a manutenção da taxa entre zero e 0,25%, patamar em que está desde 2008, auge da crise global.
No comunicado divulgado nesta quarta, a autoridade monetária afirma que será "paciente" ao considerar o início de um novo ciclo de elevação dos juros.
Em dezembro, a presidente do Fed, Janet Yellen, disse que a referência sinaliza que a alta é improvável nas duas próximas reuniões do comitê, neste caso, em março e abril, deixando o caminho aberto para uma elevação em junho.
O texto adota um tom mais otimista em relação à evolução da economia dos EUA. "Informações recebidas desde a última reunião do Fomc, em dezembro, sugere que a atividade econômica está se expandindo em ritmo sólido", diz o texto. No comunicado anterior, o ritmo era "moderado".
O Fed também aponta "fortes ganhos na geração de vagas de trabalho e um índice de desemprego mais baixo." A taxa de desemprego fechou o ano passado em 5,6%, o mesmo nível de junho de 2008.
Mas a percepção sobre a inflação, a segunda variável considerada pela autoridade monetária antes de começar a subir os juros, piorou. "A inflação ficou ainda mais abaixo da meta de longo prazo, refletindo em grande parte a queda nos preços de energia", diz o texto.
"Em linha com seu estatuto, o comitê busca fomentar o máximo emprego e a estabilidade de preços."
Nos últimos meses de 2014, a economia dos EUA registrou deflação. Os preços recuaram 0,4% em dezembro, a maior em seis anos, em consequência da redução de 4,7% nos preços de energia. Em novembro, a queda foi de 0,3%.
Na comparação com o mesmo período de 2013, o índice subiu apenas 0,8%, a menor elevação desde outubro de 2009. A meta do Fed é de uma inflação próxima a 2%.
O BC norte-americano espera que a inflação tenha redução ainda maior no curto prazo, "mas espera que o índice suba gradualmente em direção aos 2% no médio prazo, com a melhora no mercado de trabalho e a dissipação dos efeitos transitórios dos preços de energia e outros fatores."
O aperto dos juros pelo Fed é acompanhado com atenção por investidores. A tendência é que, com o aumento, parte do dinheiro que hoje está nos mercados emergentes (inclusive o Brasil) rume para os EUA, em busca do rendimento e da maior segurança da economia americana.
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