Montadoras paralisam produção devido à greve de caminhoneiros
Pelo terceiro dia consecutivo, a linha de montagem da Fiat em Betim (MG) não funcionou nesta quarta-feira (25) em decorrência do protesto dos caminhoneiros que já atinge 12 Estados do país.
Em nota, a assessoria de imprensa da Fiat informou que aguarda a retomada da produção de veículos a partir do turno da noite desta quarta. Durante a manhã, policiais rodoviários federais cumpriam a decisão da Justiça Federal de desbloquear as rodovias mineiras, após pedido da AGU (Advocacia-Geral da União).
"A confirmação desta expectativa dependerá da normalização do tráfego de caminhões na BR-381 ao longo do dia", informou a empresa, na nota.
A Fiat também informou que faz um balanço sobre os prejuízos da produção parada.
Na segunda (23) e na terça (24), funcionários foram dispensados por falta de peças, uma vez que os produtos estavam nos que caminhões parados nas rodovias.
PEUGEOT, CITROËN E RENAULT
Em Porto Real (RJ), o grupo PSA Peugeot Citroën suspendeu a produção nesta quarta (25) devido à falta de componentes. Em nota, a empresa afirma que a greve dos caminhoneiros prejudicou a entrega de peças.
Ainda segundo a montadora, a fabricação de autos deve ser retomada assim que as entregas se normalizarem.
A fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR) aguarda o fim da paralisação. Caso isso não ocorra, a produção deverá ser interrompida nesta quinta-feira (26). A montadora recebe peças de fornecedores de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
GREVE
Os caminhoneiros pedem redução no preço do diesel e do pedágio, tabelamento dos fretes e a sanção, por parte da presidente Dilma Rousseff, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho –a categoria quer a liberação de mais horas trabalhadas por dia para aumentar os ganhos.
Responsáveis, em média, por 58% do transporte de mercadorias no país, segundo o Ministério dos Transportes, os caminhões têm participação ainda mais alta em setores como o de grãos.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, 65% do transporte da soja no país foi por esse meio em 2013.
No porto de Paranaguá (PR), por exemplo, o segundo maior exportador do país, o movimento estava abaixo do normal. O escoamento da soja, em plena safra, está prejudicado. Nesta terça, dos 925 caminhões previstos, apenas 67 chegaram.
Segundo a direção do porto, mesmo com o fim do movimento, deverá haver lentidão no escoamento da soja.
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