FMI descarta adiar pagamento de empréstimos da Grécia
A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, descartou nesta quinta-feira (16) a possibilidade de conceder à Grécia um adiamento do pagamento de empréstimos do Fundo.
"Adiamentos não foram concedidos pelo FMI nos últimos 30 anos. Eventualmente, eles foram concedidos a poucos países em desenvolvimento, e esse atraso não foi seguido por resultados muito produtivos", disse, em entrevista coletiva na sede do fundo, em Washington.
Reportagem publicada pelo jornal "Financial Times" nesta quinta afirma que o governo grego abordou informalmente o Fundo para tratar do assunto. As autoridades, no entanto, foram persuadidas a não fazerem uma solicitação específica sobre o tema.
"Nós nunca tivemos uma economia avançada pedindo um adiamento. Esses atrasos são analisados como financiamento adicional, o que significa contribuição adicional da comunidade internacional –e alguns dos membros estão em situação muito mais complicada que o país pedindo isso", disse Lagarde.
O ministério das Finanças da Grécia negou a informação publicada pelo "FT". "Atenas não abordou o FMI para solicitar ou perguntar sobre quaisquer detalhes em relação a adiar qualquer pagamento de empréstimo", disse uma autoridade do ministério.
A Grécia tem que pagar empréstimos totalizando cerca de € 1 bilhão ao FMI em maio.
HISTÓRICO
Na última quinta-feira (9), a Grécia fez um pagamento crucial de € 450 milhões ao FMI e obteve um empréstimo de emergência adicional para seus bancos. No entanto, não ficou claro se o país conseguirá satisfazer seus credores, incrédulos a respeito de suas reformas econômicas, antes de ficar sem dinheiro.
Os parceiros da zona do euro deram à Grécia seis dias úteis para melhorar o pacote de reformas propostas a tempo de os ministros das Finanças do bloco analisarem se liberam mais fundos quando se reunirem no dia 24 de abril.
Após semanas de declarações contraditórias, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, anunciou que Atenas está retomando a venda de ativos estatais, suspensa quando o governo esquerdista foi eleito em janeiro, mas que o fará em termos diferentes.
"Estamos reiniciando o processo de privatização como um programa que faz uso racional de ativos públicos existentes", declarou Varoufakis em uma conferência em Paris. "O que estamos dizendo é que o Estado grego não tem a capacidade de desenvolver os ativos públicos".
Ele não especificou quais licitações vão avançar e disse que o governo deseja parcerias público-privadas com a exigência de um comprometimento de investimento mínimo dos interessados, com o Estado detendo uma parcela para gerar fundos de aposentadoria.
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