PIB não vai cair por causa do ajuste fiscal, afirma Levy
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) afirmou nesta quarta-feira (29) que a possibilidade de o Brasil perder o grau de investimento hoje parece "bem menor" do que quando ele chegou ao governo, mas que o risco "volta a galope" se o país não fizer o ajuste fiscal.
Levy defendeu o pacote das medidas de corte de subsídios e mudanças em benefícios sociais em tramitação no Congresso durante audiência pública conjunta em três comissões da Câmara dos Deputados.
"O PIB não vai cair por causa do ajuste fiscal. Nós temos que fazer o ajuste e concluir rapidamente para o PIB poder crescer", afirmou aos parlamentares.
Ele destacou que o Brasil precisou rever suas políticas de estímulo à demanda diante da mudança no cenário global, em que as grandes economias passaram a reverter medidas de incentivo ao crescimento que haviam instituído depois da crise de 2008.
"A música mudou e o governo resolveu mudar", afirmou.
A indicação dada pela presidente Dilma Rousseff de compromisso com o equilíbrio fiscal foi essencial para evitar que o país perdesse o selo de bom pagador dado pelas agências de classificação de risco, disse Levy.
"Há três meses atrás, a discussão era se o Brasil ia perder o 'investment grade'. Esse risco diminuiu, não despareceu totalmente. Se a gente não fizer o ajuste fiscal o risco volta, volta a galope."
O cumprimento da meta de superavit primário deste ano, de R$ 66,3 bilhões, vai demandar um "esforço grande", mas é importante que ela seja alcançada, avaliou o ministro. No primeiro trimestre do ano, a economia do governo foi de apenas R$ 4,49 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Tesouro.
Levy destacou, ainda, que alguns indicadores de confiança já mostram tendência de melhora e previu que, com o andamento adequado do ajuste, o PIB pode estar reagindo favoravelmente no final deste ano. O país também estará preparado para viver um período de inflação mais baixa, uma vez que o realinhamento de preços de tarifas públicas já terá sido feito, disse.
O controle das contas vai abrir espaço, segundo Levy, para uma agenda "pós ajuste", com aumento de investimentos e uma agenda voltada para o aumento da produtividade.
"Tenho bastante confiança de que a economia vai reagir", afirmou.
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