Embraer tem prejuízo no 1º trimestre por impacto de câmbio nas despesas
A fabricante de aeronaves Embraer teve prejuízo líquido de R$ 188 milhões no primeiro trimestre, afetada por maior despesa com Imposto de Renda por conta da variação cambial, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (30).
O prejuízo atribuído aos acionistas controladores da empresa foi de R$ 196,1 milhões. Quando há lucro distribuído aos acionistas, essa é a base de cálculo usado para pagamento de dividendos.
O período também foi caracterizado pela queda de entregas de aviões executivos e uma piora no mix da aviação comercial.
A companhia havia obtido lucro líquido de R$ 262,8 milhões de reais no primeiro trimestre do ano anterior. O resultado negativo deste ano veio por conta do aumento da despesa com Imposto de Renda, de R$ 350,9 milhões, ante receita de R$ 41,3 milhões no ano anterior.
O crescimento da despesa ocorreu principalmente por conta do efeito da oscilação do dólar, que gerou maior despesa de Imposto de Renda e contribuição social sobre itens não monetários, disse a Embraer.
O lucro líquido ajustado, excluindo tais efeitos, ficou em R$ 131,1 milhões no primeiro trimestre, 11% inferior ao registrado de janeiro a março do ano anterior.
Por sua vez, receita líquida da companhia avançou 5%, para R$ 3,068 bilhões, favorecida principalmente pela valorização do dólar ante o real e maiores entregas de aviões comerciais.
Foram entregues 20 aeronaves comerciais e 12 executivas no primeiro trimestre, diante de 14 aeronaves comerciais e 20 executivas em igual trimestre do ano anterior.
Enquanto as entregas de aeronaves executivas caíram, no segmento comercial foram entregues 20 jatos E175, de menor porte, e nenhum dos aviões maiores E190 e 195, que dão melhores margens à empresa. No primeiro trimestre de 2014, a empresa havia entregado quatro E190 e um E195.
A participação da aviação comercial no mix de receita líquida por segmento da empresa aumentou passando de 44,7% para 62,8% em 12 meses, ao passo que a aviação executiva recuou para 16%, ante 21,5%. O segmento de defesa e segurança passou a corresponder a fatia de 20%, ante 31,8%.
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