Economia dos EUA tem queda de 0,7% com revisão do PIB do 1º trimestre
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Prejudicada por um inverno rigoroso e a valorização do dólar, a economia americana registrou contração no primeiro trimestre, mostram dados revisados divulgados pelo Departamento do Comércio nesta sexta-feira (29).
O PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos caiu 0,7% entre janeiro e março –a primeira estimativa era de crescimento de 0,2%. Apesar mais fraco, o número ficou acima da expectativa do mercado financeiro, de queda de 1%.
A divulgação dos dados costuma ocorrer em três fases: a primeira estimativa, divulgada um mês após o término do trimestre, e outras duas revisões (nos dois meses seguintes). A segunda revisão será divulgada em 24 de junho.
O consumo das famílias, que representa mais de dois terços do crescimento, registrou elevação de 1,8% no trimestre —na primeira estimativa, a alta era de 1,9%. O número ficou bem abaixo dos 4,4% registrado no quarto trimestre.
O investimento privado caiu 2,8% entre janeiro e março, a maior redução desde o fim de 2009 —o dado, porém, é melhor do que a estimativa anterior, de queda de 3,4%.
As exportações tiveram declínio de 7,6% no período, enquanto os gastos do governo tiveram queda de 1,1%.
O mau tempo e a desaceleração do comércio exterior, afetado pelos problemas econômicos na Europa e no Japão e pela valorização do dólar, prejudicaram o crescimento americano nos primeiros meses do ano.
A avaliação dos economistas, no entanto, é que os fatores que levaram a economia à contração no primeiro trimestre são transitórios. Estimativas apontam que o PIB deve voltar a crescer entre abril e junho, a um ritmo de 2%.
A análise está em linha com a divulgada pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano), que se prepara para subir os juros americanos pela primeira vez desde 2006 –hoje, a taxa está entre zero e 0,25%.
Na ata da última reunião, realizada nos dias 28 e 29 de abril, a autoridade monetária afirmou que a desaceleração da economia se deu em parte por fatores transitórios. Ainda assim, os dados ruins tornaram pouco provável uma elevação das taxas de juros ainda neste semestre, diz o documento.
Os membros do Comitê de Política Monetária afirmam que é preciso ter indicações confiáveis de que a expansão será retomada antes de iniciar o novo ciclo de alta.
A previsão inicial era de que a elevação ocorresse em junho. O fraco desempenho da economia americana no primeiro trimestre, porém, fez com que o mercado passasse a esperar a elevação para setembro.
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