Grécia frustra credores ao chegar sem proposta à reunião do Eurogrupo
O novo ministro grego das finanças, Euclides Tsakalotos, frustrou os credores ao comparecer nesta terça (7) à reunião de emergência do Eurogrupo em Bruxelas sem uma proposta para retomar as negociações interrompidas no último dia 27.
Na segunda-feira (6), o premiê grego Alexis Tsipras havia ligado para a chanceler alemã Angela Merkel afirmando que a proposta seria apresentada nesta terça.
A apresentação foi adiada para esta quarta, segundo informou o presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Djisselbloem. Uma teleconferência dos ministros das Finanças do Eurogrupo foi marcada para examiná-la.
As Mais: 12 pontos para entender a crise grega
A reunião desta terça do Eurogrupo foi convocada após o resultado do plebiscito no fim de semana, no qual 61% dos gregos disseram "não" a uma proposta de austeridade fiscal que incluía aumento de impostos e reforma da Previdência.
Essa proposta já não está mais na mesa, e diversos líderes europeus deixaram claro que a bola agora está no campo da Grécia.
"Não se trata mais de uma questão de semanas, mas de uma questão de dias", afirmou cobrando urgência a chanceler alemã, Angela Merkel, na chegada à reunião.
Ainda nesta terça, os chefes de Estado e de governo dos 19 países que compõem o Eurogrupo (e que adotam o euro como moeda) se reunirão novamente para ouvir Tsipras —a reunião dos ministros das Finanças começou às 13h (8h de Brasília) e já terminou.
O chefe do governo grego marcou um pronunciamento no Parlamento Europeu para a manhã desta quarta-feira.
PROPOSTAS 'SÉRIAS' E 'CONFIÁVEIS'
A expectativa na União Europeia é a de que o governo Tsipras apresente propostas "sérias" e "confiáveis" para um terceiro programa de resgate da economia de seu país o mais rapidamente possível.
O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse que a permanência ou não da Grécia na zona do euro vai depender do que o governo Tsipras oferecer.
Segundo ele, sem um programa de reformas "não há possibilidade de ajudar a Grécia dentro do marco da zona do euro".
O vice-presidente para o euro da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, disse que "se a confiança não for reconstruída, se não houver um programa com credibilidade", a saída da Grécia da zona do euro não está descartada.
A saída da Grécia, apelidada de "grexit", uma combinação do nome do país com a "exit" (saída em inglês), ainda continua sendo rejeitada por dirigentes de outros países do grupo.
O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, disse que a saída da Grécia da zona do euro "não é uma solução desejada por ninguém".
De Guindos afirmou que é urgente um acordo, mas que pré-condições têm que ser respeitadas, referindo-se a um compromisso do governo grego com um programa de austeridade fiscal.
A Grécia adotou controle de capitais na semana passada. Desde 29 de junho, cada grego só tem direito a sacar € 60 nos caixas automáticos.
O feriado bancário foi estendido pelo menos até quinta-feira (9) e os gregos não sabem quando o dinheiro pode acabar.
Na noite desta segunda (6), o Banco Central Europeu se negou a estender a assistência emergencial de liquidez aos bancos gregos.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 25/04/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | -0,07% | 124.646 | (17h36) |
Dolar Com. | +0,29% | R$ 5,1640 | (17h00) |
Euro | +0,48% | R$ 5,541 | (17h31) |