Esquerda grega pode votar contra acordo de resgate no Parlamento
O parceiro minoritário da coalizão governista da Grécia afirmou nesta segunda-feira (13) que não pode dar apoio à proposta de resgate dos credores, mas sinalizou que vai continuar no governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras.
Nesta quarta-feira, o governo grego deverá votar a primeira parte de um pacote de reformas exigido pela Comissão Europeia (leia mais abaixo). Ele é pré-condição para que outros Parlamentos da zona do euro decidam sobre as negociações.
"O acordo fala de € 50 bilhões em garantias relacionadas à propriedade pública, de mudanças à lei incluindo o confisco de moradias (...) Não podemos concordar com isso", disse o líder do partido Gregos Independentes, Panos Kammenos.
Ele se refere a um dos pontos acordados nesta segunda após uma reunião de 16 horas da Comissão Europeia para a liberação de um pacote de ajuda de € 86 bilhões.
Ele trata da criação pela Grécia de um fundo de € 50 bilhões com recursos obtidos a partir da privatização de ativos gregos. Metade desse valor seria utilizada para o pagamento e recapitalização dos bancos, 25% para o pagamento da dívida e 25% para investimentos.
Um grupo esquerdista de parlamentares do próprio partido governista grego, o Syriza, também pode votar contra o resgate no Parlamento, que irá decidir dentro de dias sobre o acordo para a Grécia.
"A plataforma esquerdista está orientada na direção de não votar", disse uma fonte do grupo a repórteres. "Eles podem se declarar presentes ou votar 'não' ou se abster".
O parlamento grego precisa aprovar
Até esta quarta-feira (15)
Impostos
Simplificação do IVA (Imposto Sobre o Valor Agregado) —o imposto sobre o consumo—, e ampliação da base fiscal para aumentar a receita do governo.
Aposentadoria
Adoção de medidas que tornem o sistema de aposentadoria e pensões sustentável a longo prazo.
Estatísticas
Garantia de total independência da Autoridade Helênica de Estatísticas.
Gastos
Implementação completa do Tratado sobre Estabilidade, Coordenação e Governança na União Econômica e Europeia. Ele foi assinado, em 2012 pelos chefes de Estado do grupo, com exceção do Reino Unido e da República Tcheca.
O acordo ressalta a necessidade de tornar o conselho fiscal operante e introduzir cortes de gastos "quase automáticos" no caso de afastamento da meta de economia para pagamento de juros da dívida.
Até o dia 22
Código de procedimento civil
A adoção de um código de procedimento civil, com o objetivo de acelerar processos judiciais e cortar custos.
Recuperação de bancos
A aplicação da diretiva relativa à recuperação e resolução de bancos (DRRB), disposição aprovada pelo Parlamento Europeu que prevê formas de recuperar bancos com problemas.
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