Economistas esperam pico da inflação de 12 meses em agosto
Eduardo Knapp - 24.abr.2015/Folhapress | ||
Pico da inflação deve ocorrer em agosto, segundo economistas |
Passada a onda de reajustes de preços administrados pelo governo, os economistas esperam que a inflação atinja o pico na taxa de 12 meses em agosto e comece a desacelerar a partir de setembro deste ano.
Em julho, o índice em 12 meses foi de 9,25% pelo IPCA-15, a prévia da inflação. Para a consultoria Rosenberg & Associados, essa taxa de subir para algo próximo de 9,50% em agosto próximo e iniciar, então, um processo de desaceleração.
"Em agosto termina o período em que a inflação teve um comportamento mais benéfico no ano passado, o que não está se repetindo neste ano. A partir daí, vamos ver uma trajetória mais clara de queda dos preços", disse Leonardo França Costa, economista da Rosenberg Associados.
No mercado, os economistas não apostam atualmente que o índice de inflação vá superar 10% no acumulado de 12 meses.
A desaceleração mais intensa da taxa deve ocorrer no início do ano que vem. A expectativa é que a inflação feche 2016 perto de 5,40% ao ano, pelo centro das projeções (mediana) de economistas consultados para o boletim Focus, do Banco Central.
Para Márcio Milan, economista da consultoria Tendências, o pior da inflação ficou no primeiro semestre do ano. A expectativa agora é de mais desaceleração de preços de alimentos e também de serviços.
"Os dados do mercado de trabalho e da renda mostram que a demanda agregada como um todo vai ser menos intensa. Tem enfraquecimento da demanda, o que vai permitir queda de preços livres [não administrados pelo governo] e serviços", disse.
Excluídas as passagens aéreas, cujos preços são instáveis, os serviços avançaram 8,03% nos últimos 12 meses até julho. É uma taxa alta, mas abaixo da inflação como um todo. É a menor desde dezembro de 2010.
"Vamos ter um segundo semestre mais parecido com o do ano passado. Só que vamos carregar os reajustes do início do ano e, por isso, devemos fechar 2015 com inflação de 9%", disse Natália Cotarelli, economista do banco ABC Brasil.
DIFUSÃO
Com a menor pressão de preços administrados, alimentos e serviços pela frente, a expectativa é que o chamado índice de difusão –que mede como a inflação está espalhada pela economia– também dê sinais de melhora.
Dos 373 produtos acompanhados pelo IBGE, 68,5% tiveram aumento de preços em julho. Ou seja, sete em cada dez produtos tiveram aumento de preços no mês.
Em julho de 2014, esse índice era de 59%, patamar que já é considerado muito elevado por especialistas.
Esse índice, porém, já foi maior. Em maio deste ano, o índice de difusão chegou a superar a marca de 70%, efeito da combinação de alta de energia, combustíveis e alimentos.
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