Mercedes anuncia que vai demitir a partir de setembro
A Mercedes-Benz, fabricante de ônibus e caminhões, anunciou nesta sexta-feira (7) que vai começar a demitir, a partir de 1º de setembro, na fábrica de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).
O número de demissões não foi divulgado e ainda depende das adesões que serão feitas ao programa de demissão voluntária (PDV), aberto até o dia 14 de agosto aos 10 mil empregados da fábrica.
Em um comunicado divulgado pela montadora, a empresa indica que o número de excedentes na empresa é de cerca de 2.000, o que representa quase um quinto da mão de obra dessa unidade.
Desde 2014, a montadora tem adotado medidas – como férias coletivas, lay-off (suspensão do contrato de trabalho), licença remunerada – para evitar a queda na produção de caminhões e ônibus, de 44% e 29%, respectivamente, no acumulado de janeiro a julho deste ano.
A empresa informa também que as demissões podem ser revistas se o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e os trabalhadores da unidade aprovarem a adoção do PPE (Programa de Proteção ao Emprego), acordo que prevê redução de salários e jornada, além de adotar outras medidas.
"A Mercedes-Benz informou oficialmente o Sindicato [dos Metalúrgicos do ABC], nesta semana, sobre o esgotamento das medidas de flexibilização para continuar a gerenciar o excesso de pessoas na empresa, hoje de cerca de 2.000 pessoas."
Procurado pela Folha, o sindicato ainda não se pronunciou.
A montadora informou que tentou negociar acordo de redução de trabalho e de salários, com garantia estabilidade de emprego aos funcionários, até junho de 2016, mas a proposta foi rejeitada por 73,8% dos empregados. A redução foi rejeitada antes da criação do PPE.
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