Dólar segue cenário externo e bate R$ 3,52 com preocupações com China
Lui Siu Wai/Xinhua | ||
Painel de um banco em Hong Kong |
O dólar sobe nesta quinta-feira (13) e atingiu R$ 3,52 com preocupações de investidores com o impacto sobre as economias emergentes da desvalorização do yuan pelo governo chinês. O mercado também analisa dados de vendas no varejo e de auxílio-desemprego nos Estados Unidos.
Às 14h56, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha alta de 0,73%, para R$ 3,51. No horário, o dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, avançava 0,92%, para R$ 3,507.
Às 14h56, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, caía 1,18%, para 47.816 pontos, afetado por novo dia de queda das ações de bancos.
Na China, o banco central informou que não há motivo para o yuan cair mais por causa dos fortes fundamentos econômicos do país. A moeda chinesa fechou em baixa em relação ao dólar pelo terceiro dia seguido.
Apesar disso, o Banco do Povo da China disse que o ambiente econômico, superavit comercial sustentado, posição fiscal sólida e grandes reservas internacionais fornecem "forte suporte" à taxa de câmbio.
"Há um cenário mais favorável nos mercados após o banco central chinês colocar um piso para a desvalorização da moeda. O governo procurou dar uma sinalização mais clara para tranquilizar o mercado", afirma Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos.
A desvalorização do yuan pode tornar a economia chinesa mais competitiva, mas afeta os principais países emergentes, que exportam para o gigante asiático.
EUA
Dados econômicos dos Estados Unidos também pressionam a moeda americana nesta quinta. As vendas no varejo subiram 0,6% em julho, indicando que o consumo pode ajudar na retomada da economia americana. O crescimento nos gastos das famílias, que representam cerca de 70% da economia, está contribuindo para a recuperação dos EUA.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 5.000, para 274 mil, segundo números ajustados sazonalmente, na semana encerrada em 8 de agosto, informou o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quinta-feira. O número de pedidos para a semana anterior foi revisado e mostrou 1.000 pedidos a menos.
A recuperação do mercado de trabalho e a inflação são dois pontos considerados pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) em sua política monetária. Há uma expectativa de que o Fed normalize essa política monetária em sua reunião de setembro.
A taxa básica nos EUA está em seu menor patamar histórico, entre zero e 0,25% ao ano, desde 2008 -uma medida para conter os efeitos da crise.
O aumento dos juros nos EUA deixaria os títulos do Tesouro americano -cuja remuneração acompanha essa taxa e que são considerados de baixíssimo risco- mais atraentes do que aplicações em emergentes, como o Brasil, provocando uma saída de recursos dessas economias. Com a menor oferta de dólares, a cotação do dólar seria pressionada para cima.
BOLSA
O Ibovespa opera em baixa pelo terceiro pregão seguido, afetado por ações de bancos e balanços corporativos.
Às 14h56, as ações do Itaú Unibanco caíam 2,84%, para R$ 26,60. No horário, os papéis preferenciais do Bradesco tinham queda de 1,53%, para R$ 24,37.
As ações do Banco do Brasil caem nesta quinta, após o lucro do banco subir 6,3% no segundo trimestre, para R$ 3 bilhões.
As maiores receitas com tarifas e o controle das despesas administrativas foram ofuscados pela fraca expansão do crédito e por maiores despesas de provisão para calotes. Em bases recorrentes, o lucro foi de R$ 3,04 bilhões, alta anual de 1,3%. Às 14h57, os papéis do banco caíam 4,71%, para R$ 19,38.
"A rentabilidade não foi tão interessante e ficou bem distante de Itaú e Bradesco. Mas os bancos estão sofrendo com a possibilidade de aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)", avalia Pereira, da Guide. Na quarta-feira, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) propôs a elevação da CSLL das instituições financeiras de 15% para 23%.
As ações da mineradora Vale caem nesta sessão. Às 14h57, os papéis preferenciais da empresa tinham queda de 1,74%, para R$ 14,64. No horário, os papéis ordinários caíam 2,37%, para R$ 18,47.
Os papéis da Petrobras também cedem. Às 14h58, as ações mais negociadas perdiam 3,34%, para R$ 9,55. Já os papéis com direito a voto cediam 3,53%, para R$ 10,64.
As ações da CSN perdem mais de 8%, após a empresa registrar prejuízo de R$ 615 milhões de abril a junho, frente a um lucro líquido de R$ 19 milhões no mesmo trimestre do ano anterior. Às 14h58, os papéis perdiam 8,54%, para R$ 3,64.
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