Novas linhas de crédito para veículos não comprometem ajuste, diz Levy
Rahel Patrasso/Xinhua | ||
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defende novas linhas de crédito ao setor automotivo |
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quarta-feira (19) que as novas linhas de crédito oferecidas por Banco do Brasil e Caixa para o setor automotivo não comprometem o ajuste fiscal.
"São operações de mercado", afirmou, em entrevista após palestra de abertura do Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex).
Nesta terça-feira (18), a Caixa anunciou linhas de financiamento para socorrer a indústria automobilística. Nesta quarta (19), foi a vez do Banco do Brasil divulgar a abertura de crédito para o setor.
De acordo o ministro, são operações comerciais que levarão em conta a qualidade de crédito dos tomadores do financiamento.
MUDANÇA NO FGTS
Levy afirmou que a proposta de ampliação do rendimento dos recursos do FGTS, aprovada na Câmara dos Deputados na noite de terça (17) "preserva a capacidade do fundo para financiar as moradias populares".
A proposta aprovada na Câmara prevê o reajuste gradual dos rendimentos do FGTS, até que atinja o mesmo nível da poupança em quatro anos. Hoje, o dinheiro aplicado no fundo rende 3% ao ano mais TR.
"O importante é que não venha a causar qualquer fragilidade no fundo. Obviamente, tem que haver um equilíbrio entre querer pagar mais e a capacidade do fundo de atingir seus objetivos, que é pagar benefícios para os próprios trabalhadores", disse Levy.
Em discurso na abertura do evento, o Ministro da Fazenda voltou a pedir atenção do Congresso a propostas que possam aumentar os gastos públicos, citando diversas vezes a questão da Previdência Social. "Confiança fiscal", disse ele, é uma das bases para a retomada do crescimento.
"ARTE DO POSSÍVEL"
O economista chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quarta-feira que a estratégia de usar bancos públicos para tentar estimular a atividade econômica já se mostrou ineficaz.
"Esse é um caminho que foi tentado nos últimos quatro anos e não obteve resultados satisfatórios", afirmou o economista a jornalistas durante evento do banco em Brasília.
"Não posso dizer se vai funcionar ou não, mas acho que isso já foi tentado no passado. Espero que tenha um resultado melhor dessa vez."
Apesar da ressalva, o economista afirmou que o governo tem sinalizado que está preocupado em lidar com problemas fiscais estruturais do país, com ações de efeito no longo prazo.
"É claro que isso tudo vai precisar de apoio da sociedade, do Congresso, e as dificuldades estão aí", afirmou. "Não são as condições ideais para a política econômica, mas a economia é a arte do possível."
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