Dólar cai até R$ 3,84 com cena política e alívio externo; Bolsa sobe pelo 6º dia
Mark Wilson/AFP | ||
Impressão de dólares pelo governo americano em Washington; moeda cai para menos de R$ 3,90 |
A expectativa de manutenção no Congresso dos vetos presidenciais a medidas que elevam os gastos públicos colabora para a queda do dólar nesta terça-feira (6), apesar de a avaliação de analistas consultados pela Folha ainda ser de cautela com o cenário político.
O otimismo com a votação da pauta-bomba reflete, segundo analistas, o esforço demonstrado pelo governo, que na véspera se reuniu com líderes da base aliada para pedir que eles compareçam à sessão legislativa desta terça.
"É um passo importante, mas com impacto limitado. Esse otimismo é um pouco perigoso, pois não há como acreditar que ele será estendido à aprovação da CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira] e ao julgamento das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União nesta nesta quarta (7)", disse Paulo Petrassi, sócio e gestor da Leme Investimentos.
Para Petrassi, a moeda americana continua pressionada no médio prazo. "É um alívio momentâneo. O dólar deve voltar para a casa de R$ 4. O alívio desta sessão também reflete o exterior, onde o dólar perde força sobre as principais moedas", afirmou. Entre as 24 principais divisas emergentes do mundo, a moeda americana caía em relação a 14, às 12h20 (de Brasília).
No Brasil, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 1,85%, para R$ 3,843 na venda. Mais cedo, a moeda chegou a atingir a mínima de R$ 3,828. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, recuava 1,51%, também a R$ 3,843.
No mercado de juros futuros, os contratos de curto prazo caíam, enquanto aqueles com vencimentos mais distantes tinham alta. O DI para janeiro de 2016 cedia de 14,484% para 14,451%, enquanto o DI para janeiro de 2021 avançava ligeiramente para 15,280%, ante 15,260% na sessão anterior.
NOVA ALTA
O principal índice da Bolsa brasileira registrava alta pelo sexto dia nesta terça-feira, apesar de o avanço ser contido pelos mercados acionários nos Estados Unidos, que operavam perto da estabilidade. Na Europa, porém, os indicadores subiam mais de 1%.
O Ibovespa tinha valorização de 0,61% às 12h20, para 47.887 pontos. Por ora, o índice tem a maior sequência de altas desde o ano passado. O volume financeiro girava em torno de R$ 2 bilhões.
O avanço das ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, sustentavam o ganho do Ibovespa. Os papéis tinham ganho de 4,47%, a R$ 8,17 cada um. Já as ações ordinárias, com direito a voto, subiam 5,42%, para R$ 9,91. O movimento era influenciado pelo aumento nos preços do petróleo no exterior.
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Atualizado em 26/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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