Para analista, 'Chinzila', conexão de Brasil e China, é ameaça global
Kim Kyung-Hoon/Reuters | ||
Governo chinês confirma desaquecimento da economia e revisa para baixo crescimento do PIB (04/11/2013) |
"Chinzila", interação entre Brasil e China admirada no passado, tornou-se a maior ameaça à economia mundial, argumenta o estrategista mundial da Moore Europe Capital Management, Gene Frieda, em artigo no jornal britânico "Financial Times".
Segundo ele, o impacto da desaceleração chinesa nos preços das commodities "transformou pequenas fissuras financeiras em linhas de ruptura sísmicas" nos mercados emergentes.
"Sem administração e coordenação cuidadosas, é possível que essas fissuras se tornem sistêmicas, e o yuan chinês pode se tornar o catalisador", escreve Frieda.
EFEITO CHINÊS - Variação do PIB da China ante igual trimestre do ano anterior, em %
Especialista em políticas econômicas globais, o economista afirma que a queda recente das Bolsas chinesas e a desvalorização cambial "mal conduzida" mostram que as autoridades chinesas superestimaram seu grau de controle sobre a economia.
"O Brasil, o beneficiário mais proeminente da ascensão chinesa, também foi o mais prejudicado pelo enfraquecimento subsequente. Com o impasse político impedindo redução significativa do deficit, o país subitamente vê a dinâmica de sua dívida em trajetória explosiva."
CONTAS CORRENTES
Frieda afirma que a única saída para evitar um agravamento da economia brasileira é que as contas correntes se ajustem o suficiente para lidar com saídas de capital anormalmente grandes.
"A única solução é uma forte desvalorização cambial e aperto monetário que, em primeira instância, exacerbará a pressão pela redução do endividamento e o prejuízo com transações de crédito."
Para isso, seria importante que a China se recuperasse por meio de "um forte estímulo fiscal do governo central orientado ao consumo e não à infraestrutura e reformas no mecanismo de intermediação de crédito e na previdência social", consideradas politicamente difíceis.
"A pressão por desvalorização do yuan é um efeito colateral dos erros cometidos nas políticas do passado. Permitir que essa pressão escape (...) causará uma onda de deflação no planeta."
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