Amazon abre sua 1ª loja física após 20 anos de vendas pela internet
Elaine Thompson/Associated Press | ||
Consumidor conversa com funcionária da Amazon na 1ª loja física da empresa, em Seattle |
Se você ama pequenas livrarias e odeia a Amazon, talvez tenha de reconsiderar as suas ideias.
A maior companhia de varejo on-line do planeta, muitas vezes acusada de matar as livrarias tradicionais, inaugurou nesta terça-feira (3) sua primeira loja física, após 20 anos desde o início de suas vendas pela internet.
Localizada em Seattle, cidade-sede da empresa, a Amazon Books terá em estoque um número relativamente pequeno de títulos —o que a torna um pouco parecida com as milhares de livrarias que fecharam as portas nos últimos anos, nos EUA e no Reino Unido.
A inauguração surge após uma dramática desaceleração no crescimento dos e-books, o que reduz a capacidade da Amazon de elevar sua participação no mercado de livros.
Outros grupos de varejo de todo o mundo também estão envolvidos em esforços para tentar compreender de que maneira o comportamento dos clientes on-line é influenciado por seus hábitos de consumo físico.
"O montante investido aqui é nada, no contexto deles", diz Mike Shatzkin, consultor editorial, sobre a nova empreitada de comércio de livros da companhia. "Acho que aquilo que realmente importa para eles é o aprendizado."
As livrarias tradicionais enfrentam dificuldades para combater o alcance, os baixos preços e as entregas baratas da Amazon. Mas retiveram duas fortes vantagens: as compras por impulso e a oportunidade que oferecem ao potencial comprador de folhear um livro.
"Adoro folhear livros em livrarias independentes", disse Jeff Bezos, fundador e presidente-executivo da Amazon, ao jornal "The Guardian" em 2001. "Mas, mesmo nessas lojas, não há personalização instantânea para atrair o interesse do leitor, e nossa loja é capaz disso."
A Amazon Books selecionará os títulos que vende em lojas físicas com base nas avaliações do consumidor e nos dados de vendas. O preço será o mesmo da Amazon.com.
"Esperamos que essa não venha a ser a única loja", disse Jennifer Cast, vice-presidente da Amazon Books, ao "Seattle Times".
Ela não detalhou a estratégia da nova livraria, localizada em um shopping center.
Mas a transição para o varejo físico pode também ter um lado negativo para o grupo de varejo na internet. "Parte da magia da Amazon é que eles muitas vezes recebem [dos consumidores] pelos livros antes que precisem pagar [aos fornecedores]. No varejo físico, o caso é o oposto", afirmou Shatzkin.
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