Levy precisa aumentar interlocução, diz ministro Armando Monteiro
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro |
Em evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) marcado por fortes críticas à atuação do governo e algumas manifestações de apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) foi alvo de estocadas nesta quarta-feira (11).
O presidente da entidade, Robson Andrade, afirmou que o ministro não tem promovido políticas para fomentar o desenvolvimento do país. Já Armando Monteiro Neto, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, disse que Levy precisa "aumentar sua interlocução".
As ressalvas ocorrem em meio a especulações de que Levy pode ser substituído na Fazenda pelo ex-presidente do Banco Central no governo Lula, Henrique Meirelles.
"O que nós precisamos no Brasil hoje é alguém que mostre que o Brasil tem uma política econômica suficiente e boa para poder criar desenvolvimento no Brasil, e isso nós não temos visto no Ministério da Fazenda", afirmou Andrade a jornalistas após a abertura do Encontro Nacional da Indústria, que reúne executivos e entidades do setor, parlamentares e autoridades do governo.
"Nós temos que ter esperança, temos que acreditar que o Brasil é maior do que a crise, mas a esperança não vem de graça, a esperança vem através de lideranças importantes que possam fazer com que a gente acredite que as mudanças vão surgir."
Monteiro Neto classificou de "muito ruim" a especulação de que Levy possa deixar o governo e frisou que o ministro tem condições técnicas de "cumprir sua missão", mas também fez uma crítica.
"Evidentemente que o ministro Levy tem que ampliar sua interlocução, aproximar o diálogo com os setores, inclusive da produção, do empresariado", afirmou em entrevista à imprensa.
O ministro da Fazenda era esperado no evento da CNI pela manhã, mas cancelou sua participação em cima da hora, prometendo comparecer à tarde. Meirelles fez uma conferência no encontro logo depois do almoço.
Ainda de manhã, houve uma mesa de discussão com parlamentares petistas e da oposição. A plateia reagiu com vaias à entrada do senador José Pimentel (PT-CE) e do deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Ambos também foram vaiados quando fizeram suas intervenções.
Durante o debate, também foram ouvidos alguns gritos pró-impeachment vindos da plateia, formada principalmente por líderes empresariais e entidades representativas da indústria.
Na abertura da convenção, Andrade, da CNI, disse que a indústria rejeita a recriação da CPMF e conclamou os empresários a pressionarem o Congresso a fazer avançar uma agenda de reformas estruturais para o país.
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