Crise econômica adia aposentadoria de Roberto Justus
Os planos de Roberto Justus de aposentar a vida empresarial para se dedicar exclusivamente à carreira de apresentador de TV serão adiados por mais cinco anos.
Diante da crise, o grupo britânico WPP, maior conglomerado de publicidade do mundo, decidiu mantê-lo no grupo Newcomm, como chairman, cargo a ser criado e no qual ficará até 2020.
O empresário, que além de apresentador do reality show "A Fazenda", da Record, é presidente e fundador do grupo Newcomm, vendeu 80% das ações que ainda detinha no grupo para o sócio WPP.
"Pensei que aos 60, com 35 anos de carreira, fosse sair agora. Queria sair, mas não me deixaram. Acharam que não era a hora, estando aqui é uma segurança maior para enfrentar momentos complexos como o que estamos vivendo no país", diz Justus.
CHAIRMAN
Ele ocupará a função de chairman a partir de 1º de janeiro. Com isso, Marcos Quintela, que hoje comanda a Y&R, principal agência do grupo e a maior do país, assume a presidência do grupo Newcomm. Para o lugar dele na Y&R, vai o francês David Laloum, hoje responsável pelas operações da agência.
"Serão cinco anos mais light. Já estava fora das empresas, mas mantinha funções no dia a dia do grupo. Agora me afasto um pouco mais. Fico com novos negócios, relações internacionais, uma função estratégica. As decisões mais importantes ainda estarão na minha mão, mas o tático deixo para os mais jovens."
O WPP adquiriu o controle do Newcomm em 2004. Em 2011, o grupo comprou metade das ações que Justus ainda detinha, numa operação que marcou ainda a entrada de Quintela na sociedade.
Mas o acordo era que até o fim deste ano Justus sairia do negócio, vendendo a totalidade das suas ações.
Agora ele vai esperar até 2020 para poder vender o restante –20% da fatia que ainda detinha. O empresário não revela a sua participação no total da sociedade.
O apresentador de "A Fazenda" acredita que os próximos dois anos vão ser ainda muito desafiadores. Na sua avaliação, a contaminação da economia pela instabilidade do ambiente político tem levado muitos setores a exibir desempenho ainda piores que a queda esperada de mais de 3% do PIB neste ano.
"O mercado publicitário caiu, em média, 15%, ao menos. Tem gente que caiu mais. O ano que vem, mesmo sendo de Olimpíada, vai ser muito ruim. Nossos prognósticos estão bem conservadores."
IMPEACHMENT
Para Justus, se for para sair da inércia política, um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff poderia ajudar a destravar a economia. "Alguma mudança tem de acontecer. O impeachment pode ajudar. Só a possibilidade do impeachment já fez o mercado reagir bem. Temos de sair dessa inércia política que não dá estabilidade para o mercado trabalhar com tranquilidade."
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