Acordo entre Renault e Nissan deixa investidores insatisfeitos
Bertrand Guay/AFP | ||
Foto de 2013 do prédio da Renault em Boulogne-Billancourt, oeste de Paris |
A aliança Renault-Nissan definiu uma disputa de poder de oito meses com o governo francês na sexta-feira (11), com um equilíbrio do acordo regulando a influência estatal na Renault com controle enfraquecido sobre sua afiliada japonesa.
O acordo, que ofereceu à Nissan garantias contra interferência futura da Renault ou do maior acionista, o Estado francês, veio como alívio para a equipe da Renault, enquanto decepcionou alguns investidores que esperavam mudanças maiores para a aliança de 16 anos.
A tensão vinha crescendo desde abril, quando o ministro da Economia, Emmanuel Macron, temporariamente elevou a fatia da França para garantir aumento permanente do direito de voto —e influência suficiente para vetar decisões que pudessem por em risco empregos domésticos ou outros interesses nacionais.
Esse movimento gerou grande polêmica na Nissan, 43,4% detida pela Renault, e enfureceu o presidente-executivo Carlos Ghosn, que liderou as montadoras para a última década.
As ações da Renault caíram na sexta-feira após o conselho de administração da empresa aprovar dois novos contratos para limitar o aumento do peso do governo francês em votos não estratégicos e efetivamente abandonar direito da Renault para controlara estratégia da Nissan.
A Nissan disse que estava "muito satisfeita" com o acordo, que permite que ela mude sua fatia na Renault para 25% —ou além— no caso de ingerência da Renault ou se Paris violar regras.
A mudança no equilíbrio de poder reflete a realidade. Desde o seu salvamento 1999 pela Renault, a Nissan se sobrepôs à sua dona francesa e agora lidera o mercado em outras áreas-chave de engenharia e, dentro de uma aliança agora classificada como a quarta maior montadora do mundo em vendas combinadas.
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