Dólar cai ao menor valor em duas semanas com exterior e volume fraco
Andrew Magill/Flickr/Creative Commons | ||
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Com baixo volume de negócios, dólar recua ao menor valor em duas semanas |
O dólar fechou nesta segunda-feira (28) em queda, acompanhando a desvalorização da moeda americana frente a outras divisas no exterior. A sessão foi marcada pelo baixo volume de negócios, na volta do Natal e antes do feriado de Ano Novo.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 2,19%, para R$ 3,859 na venda. É o menor valor desde 10 de dezembro, quando valia R$ 3,797. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, caiu 2,35%, para R$ 3,861 —também é o menor valor desde 10 de dezembro, quando valia R$ 3,799.
No exterior, o dólar teve queda sobre 14 das 24 principais moedas emergentes do mundo. A divisa dos EUA também recuou contra oito das dez moedas globais mais importantes, entre elas o euro, o iene e o franco suíço.
Os investidores seguiram atentos ao quadro fiscal do país, após o governo federal ter fechado novembro com deficit de R$ 21,3 bilhões em suas contas, o maior rombo mensal já registrado pelo Tesouro Nacional na comparação em valores correntes (sem correção inflacionária).
A notícia foi amenizada pela informação de que o governo já decidiu que irá pagar toda a sua dívida relativa às chamadas pedaladas fiscais, no valor de R$ 57 bilhões, ainda este ano, segundo o secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira.
Segundo Ladeira, quase a totalidade dos pagamentos será feita com recursos disponíveis na conta única do Tesouro oriundos do excesso de arrecadação de anos anteriores.
A presidente Dilma Rousseff deve se reunir com a junta orçamentária ainda nesta segunda-feira, uma semana após Nelson Barbosa assumir o ministério da Fazenda no lugar de Joaquim Levy, o que desagradou investidores e intensificou a alta da moeda americana na semana passada.
"O baixo volume de negócios também abriu espaço para uma correção do dólar, que já subiu mais de 40% no ano", disse Alexandre Wolwacz, diretor da escola de investimentos Leandro & Stormer.
O Banco Central deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 544,8 milhões.
No mercado de juros futuros, os contratos fecharam com sinais opostos na BM&FBovespa. O DI para janeiro de 2016 caiu de 14,150% a 14,140%, enquanto o DI para julho de 2016 cedeu de 15,190% a 15,145%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 16,500%, ante 16,480% na sessão anterior.
BOLSA EM QUEDA
O principal índice da Bolsa brasileira seguiu o mau humor dos mercados acionários no exterior e fechou em baixa nesta segunda-feira. O movimento lá fora foi pautado no recuo dos preços do petróleo, que voltaram a se aproximar dos menores patamares em onze anos.
O Ibovespa caiu 0,57%, para 43.764 pontos. O volume financeiro foi de R$ 3,1 bilhões —menos da metade da média diária de 2015, de R$ 6,8 bilhões, segundo dados da BM&FBovespa.
As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, caíram 3,32%, para R$ 6,70 cada uma. As ordinárias, com direito a voto, tiveram baixa de 3,04%, para R$ 8,61. Já a Vale viu sua ação preferencial recuar 4,09%, para R$ 10,09. A ordinária teve desvalorização de 4,39%, para R$ 12,64.
Entre os bancos, o Bradesco teve valorização de 0,98%, enquanto o Banco do Brasil subiu 0,88%. Já o Itaú teve baixa de 0,38% na sessão. O setor bancário é o que possui a maior participação dentro do Ibovespa.
Com agências de notícias
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