Banco central chinês valoriza yuan e Bolsas asiáticas despencam
Rungroj Yongrit/Efe | ||
Bolsas chinesas fecham em baixa após banco central valorizar yuan |
A China valorizou o yuan pela segunda sessão seguida nesta segunda-feira (11), em um movimento que pode acalmar as preocupações de quanto o governo vai deixar a moeda se depreciar, mas os mercados acionários do país tiveram novo dia de forte queda, com dúvidas sobre a política econômica chinesa.
O banco central da China definiu a taxa referencial do yuan a 6,5626 por dólar, mais forte do que o valor de sexta-feira. A cotação da moeda não pode ultrapassar 2% para cima ou para baixo da taxa referencial.
O movimento foi uma aparente reversão da tendência recente de enfraquecimento da taxa referencial, que incluiu a maior queda de um dia em cinco meses no dia 7 de janeiro.
Passos em falso perceptíveis das autoridades chinesas alimentaram as preocupações nos mercados globais de que o país pode perder o controle da política econômica, em um momento em que a China deve registrar seu crescimento mais lento em 25 anos.
Uma depreciação de 1,5% no yuan desde o começo de 2016, após um enfraquecimento de 4,7% em 2015, tem aumentando o alerta entre os rivais econômicos da China sobre o risco de uma "guerra cambial" de desvalorizações competitivas.
"As autoridades estão relutantes em deixar as forças do mercado regularem, o que junto com sua indecisão e falta de transparência, está exacerbando a incerteza", disse o economista do National Australia Bank Tapas Strickland.
O desempenho estável do yuan pode ajudar a amenizar estes temores, mas não tem impedido as vendas de ações chinesas pelos investidores.
Na última quinta-feira (7), A Comissão Reguladora das Bolsas de Valores da China anunciou novas regras que limitarão a capacidade de venda de títulos dos grandes acionistas chineses a um máximo de 1% do total de ações de uma companhia.
Com isso, esses grandes acionistas, que detêm 5% ou mais dos títulos de uma empresa, não poderão negociar mais de um 1% do total em um prazo de três meses, e, além disso, deverão anunciar ao mercado seus planos de fazê-lo com pelo menos 15 dias de antecipação.
Essas regras, que entraram em vigor no último sábado, também serão aplicadas ao mercado secundário, que acontece antes da abertura e no qual costumam ser decididas as vendas de títulos de grandes acionistas e principais diretores de empresas, embora os mesmos não sejam contabilizados no cômputo das ações.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 5,03%, para 3.192 pontos. O índice de Xangai caiu 5,33%, para 3.017 pontos, após ter despencado 10% na semana passada, levando a uma onda de vendas generalizadas de ativos de maior risco no mundo todo.
Com as turbulências na China, as ações asiáticas atingiram o menor nível em mais de quatro anos nesta segunda. A Bolsa de Tóquio ficou fechada por causa de um feriado, o que fez com que fosse ainda mais difícil ter liquidez, acentuando a volatilidade na região.
O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, recuou 1,8%, no menor nível desde o fim de 2011.
FECHAMENTO DAS BOLSAS ASIÁTICAS
Em Tóquio, o índice Nikkei não teve operações.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,76%, a 19.888 pontos.
Em Xangai, o índice SSEC perdeu 5,29%, a 3.018 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, retrocedeu 5,03%, a 3.192 pontos.
Em Seul, o índice Kospi teve desvalorização de 1,19%, para 1.894 pontos.
Em Taiwan, o índice Taiex registrou baixa de 1,34%, a 7.788 pontos.
Em Cingapura, o índice Straits Times se desvalorizou 1,54%, a 2.708 pontos.
Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 1,17%, a 4.932 pontos.
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