Bolsa de Xangai desaba 6,4%; mercados europeus abrem em queda
A Bolsa de Xangai fechou nesta terça-feira (26) em forte queda de 6,38%, em consequência das vendas em massa em um clima de pânico geral que as novas injeções de liquidez do Banco Central chinês não conseguiram acalmar.
O índice composto de Xangai perdeu 6,38%, para 2.749,79 pontos, atingindo mínimas de 14 meses, em mais um sinal das dificuldades diante das autoridades em Pequim para estabilizar os mercados domésticos instáveis.
Na Bolsa de Shenzhen, segundo mercado financeiro da China continental, o índice teve perda ainda mais expressiva: 7,12%. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, tombou 6,02%.
Bolsas asiáticas - Índices caem nesta terça-feira, 26.jan. Em %
Mais cedo, o Banco Central da China (PBOC) injetou 440 bilhões de yuans (US$ 67 bilhões) no sistema financeiro para responder à crescente necessidade de liquidez antes das festas do Ano Novo lunar.
A demanda de dinheiro aumenta no país um pouco antes do Ano Novo chinês (o ano do macaco terá início em fevereiro). Neste período, as empresas pagam aos funcionários os salários e bônus anuais e os chineses aumentam as compras.
"Para onde se olha –para a China, o petróleo ou os Estados Unidos, não há sinal claro de melhora dos fundamentos econômicos", disse o diretor administrativo do PineBridge Investments, Tatsushi Maeno.
Após uma recuperação na sexta-feira e no começo da sessão de segunda-feira, os preços do petróleo voltaram para baixo de US$ 30 o barril, não muito longe da mínima de 12 anos alcançada na semana passada, interrompendo dois dias de ganhos das ações de Wall Street.
Até hoje, as voláteis Bolsas chinesas estavam vivendo um período de relativa estabilidade depois da crise do início do mês, quando os pregões do país estremeceram o mundo com perdas superiores a todo o ganho de 2015.
Desde o começo do ano, os mercados chineses já tiveram desvalorização de 22%, com preocupações sobre a desaceleração econômica e confusão sobre a política cambial do banco central. Muitos investidores perderam o apetite pelo mercado após os movimentos do ano passado, quando as ações despencaram 40%. A China interveio para limitar a deterioração e orquestrou uma recuperação, mas qualquer um que tenha confundido aquilo com uma mínima e voltado ao mercado terá perdido tudo em janeiro novamente.
FECHAMENTO
Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 2,35%, para 16.708 pontos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,48%, para 18.860 pontos.
Em Xangai, o índice SSEC perdeu 6,38%, para 2.751 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, retrocedeu 6,02%, para 2.940 pontos.
Em Seul, o índice Kospi teve desvalorização de 1,15%, para 1.871 pontos.
Em Taiwan, o índice Taiex registrou baixa de 0,83%, para 7.828 pontos.
Em Cingapura, o índice Straits Times se desvalorizou 1,43%, para 2.545 pontos.
Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 não operou.
EUROPA
As principais Bolsas europeias acompanham o mau humor no mercado asiático e iniciaram as operações desta terça-feira em queda. Os índices ampliaram as perdas da sessão anterior com preocupações sobre o crescimento econômico global e outra queda dos preços do petróleo para abaixo dos US$ 30 o barril.
Às 8h15, o índice FTSE-100 de Londres caía 1,06%, para 5.814 pontos. Em Frankfurt, o DAX tinha queda de 0,81%, a 9.657 pontos. Em Paris, o CAC-40 perdia 0,94%, para 4.270 pontos.
O índice Ibex-35, de Madri, tinha queda de 0,73%, para 8.505 pontos. Em Milão, o FTSE-MIB registrava baixa de 0,47%, para 18.553 pontos. E em Lisboa, o PSI-20 subia 0,08%, para 4.851 pontos.
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