Opep vê excedente de petróleo maior em 2016 com aumento da produção
Essam Al-Sudani/Reuters | ||
Trabalhadores iraquianos perto de um oleoduto, no campo petrolífero "Al Tuba", em Basra |
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) apontou para um excedente de oferta de petróleo maior do que o esperado no mercado mundial neste ano, com a Arábia Saudita e outros integrantes bombeando mais petróleo e compensando reduções na extração de países não membros do grupo atingidos pela queda dos preços da commodity.
A Organização produziu 32,33 milhões de barris por dia (bpd) em janeiro, disse o grupo em um relatório mensal nesta quarta-feira (10), citando fontes secundárias, uma alta de 130 mil barris por dia ante dezembro.
A produção extra da Opep veio com o grupo esperando um ritmo menor de crescimento da demanda de petróleo em 2016, que mais do que compensará previsões de uma contração na oferta um pouco maior do que o esperado por parte dos produtores não integrantes do grupo.
O relatório aponta para um excesso de oferta de 720 mil barris por dia em 2016 se o grupo mantiver a taxa de produção de janeiro, acima do excedente esperado de 530 mil barris por dia implícito no relatório do mês passado.
PREÇOS
O presidente da petroleira estatal russa Rosneft sugeriu nesta quarta-feira a ideia de um corte coordenado de produção pelos maiores países produtores para elevar os preços em queda, mas absteve-se de dizer se Moscou poderia contribuir para esse plano.
O executivo chefe da Rosneft, Igor Sechin, em um discurso em conferência em Londres, atribuiu a sobreoferta do mercado à superprodução de países membros da Opep.
Ele sugeriu que cada um dos maiores produtores de petróleo reduza a oferta em 1 milhão de barris por dia.
Países produtores em dificuldades pediram nas últimas semanas que a líder da Opep, Arábia Saudita, realize um encontro com urgência para discutir cortes de produção. Riyad indicou que poderia considerar uma redução apenas se todos os maiores produtores concordarem.
A agência de notícias russa RIA, no entanto, reportou que Sechin disse nesta quarta-feira que duvida que os produtores de petróleo do mundo cheguem a um acordo sobre cortes de produção.
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