É possível adotar medidas econômicas de baixo impacto fiscal, diz secretário
Kin Cheung - 26.mai.10/Associated Press | ||
Funcionários trabalham em fábrica, na China, país que avança em tecnologia |
O desafio do Brasil para voltar a crescer em ritmo compatível com o aumento de renda é duplo. O país precisa melhorar a gestão da economia —cortando, por exemplo, gastos públicos— e avançar em medidas e reformas que aumentem sua eficiência.
O problema, dizem especialistas, é que, para retomar a rota do desenvolvimento econômico, o Brasil não pode resolver seus problemas macroeconômicos primeiro para se preocupar com o resto depois. Se não atacar as duas frentes ao mesmo tempo, correrá o risco de ficar de vez para trás na corrida por avanço tecnológico pela qual o mundo passa.
Segundo Jorge Arbache, que assume nesta segunda (15) a assessoria econômica do Ministério do Planejamento, o governo precisa promover pequenas mudanças que reduzam gargalos e estimulem a busca do setor privado por maior produtividade.
"Há medidas regulatórias, por exemplo, de baixo ou nenhum impacto fiscal que podem ser tomadas e que teriam grande efeito sobre a economia", diz o economista, que tem passagem pelo Banco Mundial e, mais recentemente, pelo BNDES.
Arbache diz que sua missão no governo será identificar e sugerir essas medidas.
De acordo com ele, os países emergentes que estão "conseguindo um lugar ao sol" são os que tentam caminhar em direção à fronteira tecnológica. É o caso de nações asiáticas como Malásia, China e Índia.
A receita, dizem especialistas, passa por estimular a inovação. Mas, além disso, é importante aumentar a integração da economia às cadeias de produção mundial, que facilitam o acesso a novas tecnologias.
Segundo Robert Wood, economista da consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), países da América Latina, como Colômbia e Chile, que têm economias mais abertas ao comércio mundial, estão mais bem posicionadas do que o Brasil para se beneficiar desse processo.
"Esses países foram atingidos pelo fim do superciclo de commodities, mas, quando esse ajuste terminar, podem retomar crescimento econômico de 3% a 4% ao ano", afirma Wood.
Nações que têm caminhado em direção a um patamar de renda mais alto também têm se destacado por melhorar a qualidade de seu sistema educacional. Esse é o caso tanto de nações asiáticas, como a Coreia do Sul, como de países do Leste Europeu, como a Polônia.
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