Exportadores de petróleo do Golfo conseguirão fazer ajustes, afirma FMI
O FMI (Fundo Monetário Internacional) está confiante de que as economias do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) podem fazer os grandes ajustes fiscais necessários para lidar com um período de preços baixos do petróleo, disse a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, nesta segunda-feira (22).
Ela disse que os exportadores de petróleo terão que reduzir os gastos governamentais e aumentar as receitas do governo, mas que eles já mostraram capacidade de ajuste no passado e podem fazer novamente.
"Os preços do petróleo caíram em dois terços da máxima mais recente, mas fatores da oferta e da demanda sugerem que eles devem continuar baixos por um período prolongado", disse Lagarde, em uma conferência com autoridades econômicas árabes.
Ela estima que no Oriente Médio e no Norte da África como um todo, os exportadores de petróleo perderam mais de US$ 340 bilhões de receita no ano passado devido os preços baixos, o equivalente a 20% de seus Produtos Internos Brutos combinados.
"O tamanho e provável persistência do choque externo significa que os exportadores de petróleo terão que ajustar ao reduzir gastos e aumentar receitas", disse Lagarde.
Ela acrescentou que "a maioria dois países do CCG estão agora em uma posição onde eles podem cadenciar seus ajustes por muitos anos e ainda assim limitar o impacto sobre o crescimento." Ela não especificou qual das seis economias do CCG não estava nesta posição.
PREÇOS
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) afirmou nesta segunda-feira que os mercados de petróleo vão começar a se reequilibrar em 2017 graças a uma queda na produção dos Estados Unidos, mas destacou que esse declínio vai durar pouco, já que ganhos de eficiência devem levar a produção norte-americana a novos recordes no início da próxima década.
"Apenas em 2017 nós vamos finalmente ver a oferta e a demanda de petróleo alinhadas, mas os enormes estoques sendo acumulados vão atuar como um amortecedor sobre o ritmo de recuperação dos preços quando o mercado, tendo se rebalanceado, então começar a utilizar esses estoques", disse a IEA, em suas projeções de médio prazo.
"As condições do mercado de petróleo hoje não sugerem que os preços possam se recuperar de maneira acentuada em um futuro imediato", acrescentou a agência.
Entre 2015 e 2021, a produção dos EUA deverá atingir um recorde de 14,2 milhões de barris por dia (bpd), após cair inicialmente neste ano e no próximo, disse a agência em seu relatório.
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