Supermercados veem Páscoa modesta e vendas de menores a estáveis
Sérgio Carvalho - 5.abr.2012 | ||
Encomenda de ovos de Páscoa caiu 7% neste ano, em relação a 2015 |
Os supermercados do Brasil esperam vendas menores ou estáveis no período da Páscoa, no fim de março, informou nesta segunda-feira (29) a associação que representa o setor, Abras, acrescentando que o faturamento de janeiro caiu na comparação anual.
Segundo pesquisa da entidade, 41,9% dos supermercadistas do país esperam vendas da Páscoa estáveis e 39,5% acreditam em queda em relação à mesma temporada de 2015. Apenas 18,6% dos empresários do setor esperam uma melhora no desempenho para o período.
"A Páscoa sempre é muito aguardada pelo setor, mas entendemos que o atual momento econômico vem refletindo na expectativa dos supermercadistas", disse o presidente da Abras, Sussumo Honda, em comunicado. A Páscoa é a segunda data mais importante para o setor, atrás apenas do Natal.
A pesquisa da Abras apontou ainda que as redes varejistas apostaram em produtos de menor valor agregado para a Páscoa neste ano, como caixas de bombons e chocolates em barra. A categoria de ovos de Páscoa teve queda 7% nas encomendas dos supermercadistas, segundo a Abras.
O levantamento também mostrou que quase todos os produtos ligados à época tiveram queda de encomenda pelos supermercados, como peixes e vinhos. Da lista de produtos mais consumidos na Páscoa, somente o grupo refrigerantes/cervejas e os azeites tiveram encomendas maiores, com alta de 3,2% e 0,7%, respectivamente.
JANEIRO
A entidade registrou queda de 3,38% nas vendas reais dos supermercados do país em janeiro sobre um ano antes. Na comparação com dezembro, a queda foi de 19,6%.
"Desemprego e inflação em alta reduziram a renda disponível do consumidor e, combinado a um quadro de incertezas econômicas, houve impacto nas vendas", disse Honda em comunicado.
A Abras informou em janeiro que espera queda de 1,8% nas vendas reais dos supermercados do país este ano, após queda de 1,9% em 2015.
Em janeiro, a cesta de produtos pesquisada pela entidade em conjunto com a empresa GfK apontou alta nominal de 2,99% nos preços ante dezembro e de 17,44% sobre o mesmo mês de 2015, a R$ 452,22. As maiores altas em relação a dezembro envolveram produtos de hortifruti, como cebola (23%), tomate (21,6%), farinha de mandioca (17,76%) e açúcar (10,2%).
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