BCE reduz perspectiva de inflação e vê crescimento menor na zona do euro
Kai Pfaffenbach/Reuters | ||
Presidente do BCE, Mario Draghi, durante anúncio de novas medidas de estímulo econômico |
O BCE (Banco Central Europeu) cortou suas projeções de inflação nesta quinta-feira (10) e estimou que a alta dos preços continuará abaixo da sua meta até mesmo em 2018, enquanto luta contra a influência dos preços baixos da energia nos preços de outros bens e serviços.
O BCE cortou sua projeção de inflação de 2016 de 1% para 0,1% e reduziu as estimativas para 2017 de 1,6% para 1,3%, disse o presidente do banco, Mario Draghi.
O banco fez ajustes mais modestos às projeções de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), após a economia da zona do euro superar ligeiramente as expectativas no ano passado e dados recentes indicarem que o consumo está se mantendo bem.
A previsão é que a região cresça 1,4% neste ano, ante previsão anterior de 1,7%, e que em 2017 o crescimento seja de 1,7%, contra estimativa anterior de 1,9%.
ESTÍMULOS
As declarações de Draghi foram dadas pouco depois de o BCE anunciar cortes em suas três taxas de juros e expandir seu programa de compra de ativos.
A autoridade monetária surpreendeu os mercados financeiros ao reduzir sua principal taxa de refinanciamento de 0,05 % para zero.
O banco central também expandiu seu programa de compras de ativos de € 60 bilhões para € 80 bilhões por mês, em um volume maior que o esperado por especialistas. Além disso, ampliou seu portfólio de ativos e vai passar a comprar títulos corporativos.
A autoridade monetária também cortou mais a taxa de depósito de -0,3% para -0,4%, cobrando mais dos bancos para deixarem dinheiro com o BCE.
Assim como a taxa de refinanciamento, o que significa que os bancos podem agora tomar emprestado em seus leilões semanais sem custo, o banco cortou a taxa de empréstimo, usada pelos bancos para emprestar do BCE overnight, de 0,3% para 0,25%.
Segundo Draghi, a decisão de cortar os juros e aumentar o programa de recompra de ativos foi tomada com objetivo de evitar que a inflação excepcionalmente baixa contamine a economia em geral.
"É essencial evitar efeitos de segunda ordem", disse ele em entrevista à imprensa, referindo-se à queda dos preços alcançarem outros produtos que não os referenciais como o petróleo.
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