Fibria tem lucro de R$ 978 milhões no 1º trimestre, abaixo do esperado
Danilo Verpa/Folhapress | ||
Árvores de eucalipto na indústria de celulose Fibria, na cidade de Três Lagoas, MS |
A Fibria, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, teve lucro líquido de R$ 978 milhões no primeiro trimestre, influenciado por resultado financeiro positivo, revertendo prejuízo de R$ 566 milhões no mesmo período de 2015.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em R$ 1,25 bilhão, aumento de 25% na comparação anual.
O resultado, porém, ficou abaixo do esperado pelo mercado: a previsão média de analistas em pesquisa da Reuters era de lucro líquido de R$ 1,26 bilhão e Ebitda ajustado de R$ 1,37 bilhão.
O lucro da Fibria foi impulsionado pelo resultado financeiro positivo de R$ 922 milhões, refletindo a variação cambial sobre a dívida em moeda estrangeira, ante despesa de R$ 1,75 bilhão um ano antes.
Excluindo efeitos não recorrentes de créditos tributários e efeitos da variação cambial, o lucro no primeiro trimestre teria sido de R$ 293 milhões, disse a Fibria.
As vendas de celulose recuaram em ambas as bases de comparação, somando 1,14 milhão de toneladas. Houve baixa de 8% no comparativo anual e de 13% no trimestral.
"Além da demanda tradicionalmente mais fraca no período, a pressão sobre preços iniciada no fim de 2015, principalmente dos clientes chineses, continuou nos primeiros meses do ano", disse a Fibria, ressaltando que houve retomada significativa dos volumes de vendas para clientes chineses em março com o sentimento de que os preços atingiram o piso.
A receita líquida da Fibria no trimestre somou R$ 2,4 bilhões, alta anual de 20%, diante do aumento do preço médio líquido da celulose em reais diante da variação cambial. Ante o trimestre anterior, a receita líquida caiu 20%, devido a menores volumes e preço médio líquido em reais devido à queda do preço da celulose em dólar.
O custo caixa de produção ficou em R$ 699 por tonelada, alta de 6% em relação ao trimestre anterior e de 22% na comparação anual.
A alavancagem medida pela dívida líquida sobre o Ebitda, em dólar, ficou em 1,85 vez, contra 2,06 vezes no fim de 2015.
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