Número de turistas brasileiros na Argentina cai 44% no 1º trimestre
A crise política e econômica do Brasil derrubou os números do turismo argentino no primeiro trimestre deste ano. O país registrou uma queda de 9,9% na entrada de turistas estrangeiros pelos dois aeroportos de Buenos Aires no período.
A presença dos brasileiros, que são os principais viajantes internacionais no vizinho, recuou 44,7%. No total, 78,9 mil chegaram na Argentina pela capital entre janeiro e março.
"Em 2015, tivemos quase o dobro disso. A queda tem a ver com a situação econômica do país", disse o ministro de Turismo, Gustavo Santos.
O Brasil foi um dos poucos que diminuíram o envio de viajantes no período. A presença dos americanos e dos europeus no primeiro trimestre avançou 8,7% e 1,2%, respectivamente. Os mercados distantes, como são classificados Ásia e Oceania, cresceram 16%.
Para evitar crises no setor, o governo do presidente Mauricio Macri pretende reduzir a dependência do Brasil, que sempre representou seu maior mercado –no ano passado, 16,8% dos turistas estrangeiros eram brasileiros. A intenção é buscar viajantes principalmente na América do Norte, na China e nos países andinos.
Santos estipulou como meta para o fim de 2019 receber cerca de 600 mil americanos e canadenses (hoje são 290 mil) e 350 mil chineses (que não passam dos 35 mil atualmente).
O governo argentino deverá atuar em parceria com o brasileiro para atingir esses números. O projeto é vender em outros continentes os dois países conjuntamente.
"Precisamos trabalhar juntos, facilitar o controle fronteiriço com postos integrados, para gerar uma atividade econômica forte nos dois países", afirmou Santos.
QUEDA PROGRESSIVA
A presença dos brasileiros na Argentina está em retração há quatro anos. Em 2011, cerca de 1,3 milhão (22,5%) viajou ao país. No ano passado, foram 962,5 mil (16,8%). O desempenho argentino com o mercado internacional em geral tem sido fraco –em 2015, 5,7 milhões de turistas chegaram ao país, mesmo número de 2011.
Para Santos, a Argentina esteve inerte, não investiu na promoção de destinos novos nem na segmentação de mercado. "Os [turistas] brasileiros, por exemplo, cresceram em outros destinos, como Punta Cana [República Dominicana}. Erramos a estratégia."
O ministro afirmou ainda que a gestão de Macri manterá o dólar flutuante e trabalhará para estabilizar a economia, o que pode favorecer o turismo internacional. Nos últimos anos, existiam diferentes tipos de câmbio –o dólar valia cerca de nove pesos no câmbio oficial e 15 pesos no paralelo. Com esse sistema, era difícil para os estrangeiros fazerem pagamentos com cartão de crédito.
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