JBS se divide em duas e cria divisão internacional
Diego Giudice/Bloomberg | ||
Empregados na fábrica da Swift & Co., da JBS, em imagem de 2011 |
Maior processadora de carne bovina do mundo, a JBS anunciou nesta quarta (11) a criação de uma nova empresa, a JBS Foods International que vai assumir toda operação internacional do grupo e a marca Seara.
Essa medida faz parte da proposta de reorganização societária que a empresa enviou para aprovação aos órgãos de regulação.
Na nova estrutura, a JBS S.A. ficará com o negócio de carne, couro, biodiesel, colágeno e a transportadora. Além disso, continuará listada na B&FBovespa e passará a ser chamada de JBS Brasil.
O presidente da JBS, Wesley Batista, afirmou que o braço internacional terá sede na Irlanda e será listado na Bolsa de Valores de Nova York.
"Há um ano estamos avaliando como faríamos essa reorganização e, coincidentemente, apresentamos a proposta em uma época que o custo de captação no Brasil está mais alto", disse.
Batista ressaltou que, com a nova estrutura, a companhia poderá ter acesso a condições melhores de financiamento e renegociação de dívida.
"Com a aprovação, ampliaremos o acesso ao capital mais barato. Há fundos de investimento, por exemplo, que só aplicam o seu capital em empresas dos Estados Unidos ou da Europa. Estaremos no radar desses investidores."
Segundo o executivo, não haverá aporte de capital na nova empresa. Batista afirmou que todo acionista da JBS S.A. terá ações da JBS Foods International.
"Vamos ter BDRs [recibos de ações de empresas estrangeiras] da International, o que permitirá aos futuros investidores participar do crescimento global do grupo."
O executivo explicou, ainda, que, após a conclusão da operação de troca de ações, que será 1 x 1, a cada acionista será oferecido outra rodada de ações da International, ao limite de 25% do capital total da companhia.
"Aquele acionista que conhece muito bem o nosso negócio nos EUA pode aumentar a sua participação na International, por exemplo."
NÚMEROS
A JBS Foods International já nasce com faturamento de US$ 35 bilhões e 115 mil funcionários. Já a JBS S.A. ficará com uma receita de R$ 30 bilhões e 125 mil empregados no Brasil.
Batista acredita que toda a reorganização estará concluída no quarto trimestre.
O executivo disse que o Grupo JBS permanecerá sendo controlado por capital brasileiro, tendo como o seu maior acionista a J&F Investimentos. O escritório central e as decisões estratégicas serão mantidas em São Paulo.
"Essa reestruturação vai dar maior representatividade à companhia no mercado global e melhor capacidade de expansão."
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