Banco Central dos EUA sinaliza que pode elevar taxa de juros em junho
Kevin Lamarque/Reuters | ||
Presidente do Fed, Janet Yellen, observa o líder americano, Barack Obama |
O Federal Reserve deve elevar os juros em junho se os dados econômicos indicarem crescimento econômico mais forte no segundo trimestre, bem como alta da inflação e melhora no emprego, de acordo com a ata da reunião de abril do banco central norte-americano divulgada nesta quarta-feira (18).
Essa posição, expressada pela maioria dos membros do Fed no encontro, sugere que o banco central está muito mais próximo de aumentar os juros novamente do que espera o mercado.
Os preços para os contratos futuros da taxa básica de juros do Fed indicavam nesta quarta-feira que investidores viam chance de apenas 19% de elevação no mês que vem.
Mas os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) disseram que os dados econômicos recentes deixaram-nos mais confiantes de que a inflação estava avançando em direção à meta de 2 % e que eles estavam menos preocupados com a desaceleração econômica global, de acordo com o documento.
"A maioria dos participantes julgou que se o fluxo de dados for consistente com a recuperação do crescimento no segundo trimestre, os mercados de trabalho continuarem a ganhar força e a inflação progredir em direção à meta de 2% do comitê, então provavelmente será apropriado elevar a taxa de juros em junho", trouxe a ata.
Algumas autoridades demonstraram preocupação com a desaceleração do crescimento dos EUA no primeiro trimestre, quando o Produto Interno Bruto (PIB) expandiu 0,5%, menor ritmo em dois anos.
Mas outros argumentaram que o crescimento robusto do emprego sugeria que a economia continuava nos trilhos e os dados de crescimento podiam ter falhas.
"A maioria indicou a melhora constante nos mercados de trabalho como um indicador de que o ritmo da atividade econômica provavelmente não se deteriorou", segundo a ata.
Algumas autoridades disseram estar preocupadas com a possibilidade de os mercados financeiros sofrerem o impacto de uma possível saída da Grã-Bretanha da União Europeia no mês que vem ou das políticas cambiais chinesas.
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